Polidactilia pré-axial: um estudo de caso

Autores

  • Caylton Carneiro Aguiar
  • Carol Leal de Miranda, Alberto de Souza Melo Neto, Louise Lara Martins Teixera Santos, Vittória Dorys Martins Moreira
  • Cassio Lopes Albuquerque

Resumo

Introdução: A Polidactilia do pé é uma malformação congênita que pode ser classificada como pós-axial (mais comum), pré-axial e central. Apesar da alta prevalência de polidactilia em recém-nascidos, a polidactilia pré-axial do pé é rara. Estudo recente holandês estimou uma prevalência de 0,4 em cada 10.000 nascimentos para polidactilia pré-axial do pé em comparação com 2,1 em cada 10.000 nascimentos para polidactilia pré-axial da mão. Objetivo: Reforçar quanto ao quadro radiológico da patologia e sua correlação clínica e genética, assim, tal conhecimento torna-se útil para que o radiologista possa fazer o diagnóstico e sugerir hipóteses que elucidem o caso e melhorem o prognóstico do paciente. Metodologia: Imagens obtidas através de arquivo radiográfico próprio de um dos autores. Discussão: A polidactilia pré-axial do pé frequentemente se apresenta com outras malformações dos membros superiores e inferiores. Em pacientes com polidactilia pré-axial isolada do pé, o encaminhamento para um médico geneticista não é obrigatório. Porém, em pacientes com malformações adicionais, recomenda-se a consulta com um geneticista. O tratamento conservador não é rotineiramente empregado em crianças sintomáticas com polidactilia. Os pais freqüentemente se preocupam com o possível comprometimento funcional futuro, assim como com a aparência estética. Como a deformidade tem sequelas físicas e emocionais, o tratamento da polidactilia geralmente é cirúrgico. Conclusão: Embora raro, o conhecimento sobre esta temática é importante, porque em quase metade dos casos várias anomalias congênitas têm sido relatados. Além disso, a polidactilia pré-axial do pé pode ser associada a malformações mais graves, como craniossinostose ou agenesia do corpo caloso. Devido à baixa prevalência, a maioria dos clínicos não está familiarizada com essas malformações adicionais e síndromes associadas, que podem, portanto, não ser reconhecidas.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Extensão