DIAGNÓSTICO DE CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS EM UM PACIENTE NÃO FUMANTE: UMA VIVÊNCIA NAS ATIVIDADES DE MONITORIA CLÍNICA

Autores

  • Irla Maria Sousa Moura
  • Gislayne Nunes de Siqueira, Filipe Nobre Chaves, Marcelo Bonifácio da Silva Sampieri
  • Denise Hélen Imaculada Pereira de Oliveira

Resumo

As neoplasias malignas consistem num aumento do número de células com consequente aumento da massa tecidual, as células neoplásicas são diferentes das células normais, essas neoplasias são identificadas como câncer. Carcinoma de Células Escamosas Oral (CCEO) que também recebe o nome de Carcinoma Epidermóide ou Espinocelular representa mais de 90% de todos os tumores malignos que afetam a cavidade bucal. Acomete, principalmente, o sexo masculino na faixa etária dos 50 anos aos 80 anos de idade. O uso do tabaco e o consumo de álcool são fatores de risco bem estabelecidos na maioria dos casos. Entretanto, uma pequena proporção (15-20%) ocorre em pacientes sem história de tabagismo e etilismo, sugerindo a presença de outros fatores de risco. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso clínico de CCEO sem fator de risco conhecido associado. Paciente do sexo feminino, 47 anos, que foi encaminhada ao serviço de estomatologia da Universidade Federal do Ceará queixando-se de uma lesão em borda lateral de língua. Clinicamente a lesão apresentava-se como extensa área de úlceração a qual se estendia por toda região relatada. Diante do que foi relatado, foi solicitado a realização de biopsia incisional que teve com diagnóstico de Carcinoma de Células Escamosa. Apesar de ser bem mais comum em pacientes fumantes e/ou etilistas, o CCEO está cada vez sendo mais encontrado em pacientes sem esses fatores de risco, segundo Neville (2009), a causa do carcinoma de células escamosas oral é multifatorial. Nenhum agente ou fator (carcinógeno) etiológico único tem sido claramente definido ou aceito, porém tanto fatores extrínsecos quanto intrínsecos podem estar atuando. É provável que mais do que um único fator seja necessário para produzir tal malignidade. Desta forma, é fundamental o exame físico detalhado de todos os pacientes, independentemente se possuem ou não fatores de risco para o desenvolvimento do CCEO , a fim de se poder detectar lesões precursoras ou em estágios iniciais.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Iniciação à Docência