LEUCOPLASIA VERRUCOSA PROLIFERATIVA RELATO E ACOMPANHAMENTO DE CASO DENTRO DA MONITORIA DE MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO

Autores

  • Gislayne Nunes de Siqueira
  • Irla Maria Sousa Moura, Marcelo Bonifácio da Silva Sampieri, Filipe Nobre Chaves
  • Denise Hélen Imaculada Pereira de Oliveira

Resumo

INTRODUÇÃO: A Leucoplasia Verrucosa Proliferativa (LVP) é um raro tipo de Leucoplasia Oral (LO) tendo predileção pelo sexo feminino. É de etiologia incerta, e pode estar associada ao tabagismo. Clinicamente apresenta-se como placas esbranquiçadas de crescimento lento e persistente que ao final do processo tornam-se de natureza verrucosa, clinicamente semelhante ao Carcinoma Verrucoso. Histopatologicamente apresenta uma variável aparência, que são dependentes do estágio da doença e do local biopsiado, podendo iniciar com hiperceratose simples sem displasia, progredindo de hiperplasia verrucosa até carcinoma espinocelular. As áreas mais comumente afetadas são gengiva, mucosa jugal e rebordo alveolar. OBJETIVOS: Relatar um caso clínico de LVP e acompanhamento de 4 anos além da discussão do caso em monitorias da disciplina de métodos de diagnóstico. METODOLOGIA: A paciente do sexo feminino, 37 anos, é acompanhada pelo serviço de Estomatologia da UFC-Sobral desde maio de 2016 onde apresentava uma lesão leucoplásica única em mucosa jugal e região retromolar direita. Durante seu acompanhamento as lesões aumentaram progressivamente tornando-se um caso de LVP. O caso clínico foi utilizado para ilustração do conteúdo programático, estimulando o entendimento da sequência lógica para a hipótese diagnóstica e diagnóstico diferencial, bem como a construção do laudo histopatológico. RESULTADOS: Como conduta foram realizadas três biópsias incisionais, nas duas primeiras obtivemos o diagnóstico de displasia epitelial leve associada a hiperceratose e na terceira displasia epitelial moderada. A paciente segue sendo acompanhada pelo nosso serviço até os dias atuais. CONCLUSÃO: O cirurgião dentista deve estar atento e apto a diagnosticar e acompanhar regularmente casos de LVP, para encaminhar as condutas de tratamento adequados e assim evitar diagnóstico tardio, pois estas lesões podem mudar de configuração frequentemente e que possuem alto potencial de transformação maligna.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Iniciação à Docência