Monitoria em Psicologia Comunitária: os desafios do formato remoto de ensino

Resumo

A pandemia de Covid-19 tornou necessária a suspensão de aulas presenciais em todo o país. Na Universidade Federal do Ceará, foi aprovado um Plano Pedagógico de Emergência, com recomendações sobre a realização de aulas remotas. Como as demais disciplinas do semestre 2020.1, Psicologia Comunitária teve sua dinâmica adaptada ao novo formato. A monitoria, nesse contexto, teve como objetivos principais ampliar o contato dos estudantes com a disciplina e dirimir dúvidas. Além do uso do SIGAA, foi adotado também o uso da plataforma WhatsApp para a criação de um grupo com a professora, a monitora e os alunos, a fim de tornar a comunicação mais rápida. Após, uma reunião foi realizada para tratar de necessidades, expectativas, bem como formas de avaliação adequadas à disciplina e às limitações que o formato apresentava. No período, as atividades de monitoria envolviam participação nas aulas, reuniões com a professora, esclarecimento de dúvidas dos estudantes e organização das equipes de trabalho. A importância desta última se deu por duas razões principais: a) a necessidade de manter a integração da turma em um contexto de distanciamento social, evitando que estudantes se isolassem na realização de trabalhos; b) os desafios referentes à adoção ao modelo remoto de ensino , cujo formato exigia uma adaptação que ainda estava em andamento, o que poderia causar ruídos de informação ou dificuldade de organização. Longe de ser a modalidade para a qual a disciplina havia sido planejada de início, foi possível, apesar das adversidades do contexto, manter a turma participativa nos debates. Além disso, as avaliações foram realizadas sem que nenhum estudante ficasse isolado. O feedback da turma ao final da disciplina indicou que as adaptações propostas na reunião inicial e a participação da monitora foram benéficas e que, de fato, as dificuldades enfrentadas no período diziam respeito à própria pandemia e à modalidade remota de ensino.