ORIGEM ALTA DAS ARTÉRIAS RADIAL E ULNAR: UM RELATO DE CASO

Autores

  • Vinícius Dilamário
  • Maximiano Avelar Rodrigues, Daniel Hardy Melo, Eladio Pessoa de Andrade Filho, Carolina da Silva Carvalho
  • Eladio Pessoa de Andrade Filho

Resumo

Introdução: A artéria braquial é o ramo terminal da artéria axilar e segue trajeto no braço emitindo ramos até a fossa cubital, onde se divide em seus dois ramos terminais, as artérias radial e ulnar. No entanto, não é incomum o achado de variações anatômicas dessas artérias em relação à sua origem, bifurcação e duplicidade arterial. O objetivo do presente estudo é relatar o caso de uma variação anatômica observada em um cadáver do Laboratório de Anatomia Humana da Universidade Federal do Ceará, Campus de Sobral, sobre a bifurcação alta da artéria braquial direita. Metodologia: Durante as aulas de dissecação foi observado uma variante alta na origem das artérias radial e ulnar no braço direito de um cadáver de 52 anos do sexo feminino. Resultado e discussão: Realizou-se a dissecação da região braquial, onde a bifurcação da artéria braquial direita pode ser visualizada ±9,5 cm abaixo da borda inferior do músculo redondo maior. As artérias radial e ulnar acompanham medialmente o nervo mediano, e comumente medem aproximadamente ±17cm a partir de sua origem até a fossa cubital. A artéria radial está localizada medialmente em relação a artéria ulnar, e na altura da referida fossa, cruza em sentido lateral se dirigindo ao compartimento lateral do antebraço. Aquela é mais superficial, medial e de menor calibre, cruzando para a região lateral do antebraço superficialmente ao nervo mediano. Já a artéria ulnar possui maior calibre e corresponde ao ramo mais lateral, seguindo profundamente ao nervo mediano em direção à margem medial do antebraço. Conclusão: Variações anatômicas na origem e percurso dos ramos terminais da artéria braquial são de relevante importância médica, pois frequentemente a artéria radial é utilizada em procedimentos cirúrgicos vasculares, plásticos e de reconstrução. Os profissionais de saúde precisam estar conscientes da possibilidade de variações anatômicas e seu impacto na clínica e na cirurgia, com vistas à manipulação e tratamento dos pacientes.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Iniciação à Docência