ANÁLISE DA OSTEOPROMOÇÃO E BIODEGRADAÇÃO DE MEMBRANAS COMPÓSITAS DE GELATINA E APATITA DE TILÁPIA DO NILO IMPLANTADAS EM DEFEITOS CRANIANOS DE RATOS
Resumo
A piscicultura no Brasil gera abundantes resíduos e subprodutos, fontes de extração de colágeno e hidroxiapatita, que despertam interesse biotecnológico para o desenvolvimento de biomateriais destinados à regeneração óssea. O objetivo desse projeto de dissertação é analisar a osteopromoção e biodegradação de biocompósitos a base de gelatina e hidroxiapatita, extraídos de pele e escamas da tilápia do nilo (Oreochromis niloticus). As amostras dos materiais-testes passaram previamente a este estudo por caracterização fisico-química e biológica subcutânea. A etapa in vivo ortotópica será conduzida no Biotério da UFC Sobral. Serão utilizados 70 ratos Wistar albinos (Rattus norvegicus), machos adultos. Em cada animal anestesiado será criado um defeito craniano de tamanho crítico de 8 mm, recoberto com materiais na dimensão de 10mm2, conforme os grupos experimentais. Os grupos-teste serão: G1 (60% de gelatina:40% de hidroxiapatita), G2 (70% de gelatina:30% de hidroxiapatita) e G3 (80% de gelatina:20% de hidroxiapatita). Os controles serão: C1+ (membrana de PTFE não reabsorvível), C2+ (membrana cortical óssea de reabsorção lenta), C3+ (membrana colágena reabsorvível) e C- (coágulo sanguíneo). Cada condição será feita em quintuplicata e os animais serão eutanizados em 1 ou 3 meses por sobredose anestésica, para posterior necrópsia excisional, processamento histológico e colorações em Hematoxilina-Eosina e Tricrômico de Masson. Análise histopatológica e histomorfométrica avaliará a presença de osso neoformado, tecido conjuntivo e biodegradação do material. Os dados serão avaliados estatisticamente pela análise de variância unidirecional (ANOVA) e pós-teste t de student, considerando diferenças significativas com valores de p<0,05. Com base nos resultados a serem obtidos, será possível determinar qual proporção do material-teste apresenta melhor capacidade osteopromotora e de biodegradação controlada, sendo mais promissora como biomaterial para regeneração óssea guiada.Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XIII Encontro de Pesquisa de Pós-Graduação
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