AVALIAÇÃO DA AÇÃO ANTIFUNGICA DO PEPTIDEO SINTÉTICO K-AUREINA SOBRE ISOLADOS CLÍNICOS DE CANDIDA ALBICANS

Autores

  • Maria Laína Silva
  • Rafaela Mesquita Bastos Cavalcante, Maria Nágila Carneiro Matos
  • Victor Alves Carneiro

Resumo

Candida albicans é considerado um dos mais importantes patógenos oportunistas devido ao seu grande arsenal de fatores de virulência que auxiliam no inicio da infecção, e assim garantem a manutenção desse micro-organismo em diversos locais do hospedeiro. Aliado a isso, a capacidade de resistência dessas cepas às drogas antifúgicas disponíveis têm se tornado uma preocupação mundial, sendo o foco de inúmeros estudos na busca de drogas mais eficazes. Assim, os peptídeos antimicrobianos surgem como uma alternativa com relevante ação fungicida e baixa propensão no desenvolvimento de resistência. Dentre estas moléculas, o peptídeo aureina representa grande atividade antimicrobiana fazendo com que o mesmo seja base para a descoberta de inúmeras outras moléculas bioativas, como é o caso de K-aureina. Nessa perspectiva o estudo tem como objetivo demonstrar a ação antifúngica de K-aureina sobre isolados clínicos de C. albicans. Para isso, foram cedidos três isolados de C. albicans obtidas de pacientes da Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS) com Nº do parecer 644.365, para posterior análise. Em seguida, cada umas das cepas foram submetidas a análise por MALDI-TOF para confirmação das espécies. Inicialmente foi realizado o ensaio de microdiluição seriada padronizada pelo CLSI (Clinical & Laboratory Standards Institute) para obtenção da concentração inibitória e fungicida mínima (CIM e CFM), seguido pela análise da cinética de morte das cepas em contato com a CFM de K-aureina. Deste modo os resultados evidenciaram que K-aureina foi eficaz para todas as cepas testadas com CIM entre os valores de 31,25 e 62,5 µg.mL-1, enquanto a CFM foi obtida com 62,5 µg.mL-1. No que concerne a cinética de morte, K-aureina teve seu efeito fungicida estabelecido entre 120 e 180 minutos de contato na concentração de 62,5 µg.mL-1 para todas as cepas de testadas. Portanto o peptídeo K-aureina pode se tornar uma alternativa no combate a cepas de C. albicans.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa de Pós-Graduação