ESCOLA DA OPRESSÃO? Investigações sobre os discursos sexistas e machistas dentro da escola pública periférica.

Autores

  • Juliana Maria do Nascimento Mota
  • Francisca Denise Silva Vasconcelos

Resumo

Este trabalho refere-se a uma pesquisa em andamento que objetiva investigar quais os impactos psicossociais do discurso sexista, machista dentro do ambiente escolar público periférico na vivência das estudantes secundaristas. Com base em literatura prévia, observa-se que a escola pública ainda permanece pautada por uma educação bancária/acrítica, agindo como um sintoma social, possuindo forte influência na disseminação da cultura patriarcal, machista, violenta. Nisto, a hipótese é de que essas práticas alimentam o imaginário social das estudantes sobre o “papel” subalterno do ser mulher. Os efeitos de uma educação atravessada por esses elementos são danosos ao desenvolvimento psicossocial das jovens afetadas por esta situação, um imenso risco à vida individual e coletiva. A partir dos estudos das áreas da Psicologia Social, estudos feministas e de gênero, construiu-se o embasamento teórico para o início desta exploração. A pesquisa ocorrerá em escola pública periférica do município de Sobral-CE, norteada pela metodologia da pesquisa qualitativa, com instrumentos da observação participante e/ou entrevista semiestruturada e análise do discurso como subsídios, respeitando todos os aspectos éticos e técnicos da pesquisa científica, conforme as resoluções vigentes. Os resultados da pesquisa podem contribuir para a ampliação de conhecimentos interseccionais e estratégias de políticas públicas que possam minimizar as práticas estigmatizantes dentro e fora do ambiente estudantil, fortalecendo a estruturação de uma educação mais democrática, diversa e com maior potencial de desenvolvimento humano e bem-estar social das mulheres. Resultado benéfico não apenas para as mulheres, mas para toda a sociedade.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa de Pós-Graduação