Lugar de fala de mãe de autista: Promovendo diálogos à luz da psicanálise em meio ao Isolamento Social.
Resumo
O transtorno do Espectro Autista – TEA é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento pelo Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais - DSM-V e pode atingir cerca de 200 milhões de pessoas no Brasil, na clínica psiquiátrica ele é caracterizado por um comprometimento severo e invasivo com comprometimento em diferentes aspectos no desenvolvimento. Essa condição pode atravessar o âmbito familiar permeado de angústia, seja pelo estranhamento com o autismo, pela dificuldade em lidar com o novo ou pela dificuldade de obtenção de uma rede de apoio e dificuldades de acesso à políticas públicas. Com o isolamento social promovido como uma medida sanitária contra o crescimento da curva de contágio da COVID-19 muitas famílias ficaram desassistidas de terapias e do espaço físico escolar que integravam uma rotina valiosa para os sujeitos autistas fazendo com que essa nova rotina fosse vivida com um grande desafio. É importante salientarmos que quando nos direcionamos a olhar para o autismo, ou para familiares que estão no entorno disso, levantamos algumas questões de trabalho que buscam entender o que é dito sobre os autistas e de que forma a ciência, ou a medicina baseada em evidência, atravessa a construção de um saber que os considere sujeitos desejantes. Dessa forma, construímos a partir das ações de extensão do projeto "Água de chocalho" encontros virtuais com a proposta de possibilitar diálogos sobre temáticas diversas com familiares de sujeitos autistas. Esses encontros ocorreram em plataforma virtual e tinham como objetivo criar um espaço de fala, possibilitar que esses familiares trouxessem suas questões, seus anseios e suas experiências em meio ao isolamento social com seus filhos. Como resultado dessa ação tivemos uma participação expressiva de mães explorando sua maternidade, construindo saberes a partir das experiências de outras mulheres e um espaço de troca de experiências com os cuidados com os filhos autistas.Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XIII Encontro de Pesquisa de Pós-Graduação
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