POTENCIAL ANTIMICROBIANO DO GÊNERO Cymbopogom, DA COMUNIDADE AO LABORATÓRIO: REVISÃO SISTEMÁTICA
Resumo
O uso de ervas para combater patologias é uma prática milenar que desencadeia um impacto nas comunidades. Dentre esses vegetais podemos citar o gênero Cymbopogon. Objetivou-se com este trabalho realizar uma revisão sistemática analisando o potencial antimicrobiano do Cymbopogon sp. Trata-se de uma revisão sistemática que analisou artigos publicados na Scielo e Pubmed. Os critérios de inclusão foram trabalhos publicados em janeiro de 2015 a janeiro 2020, com temática de microbiologia, etnobotânico, revisão literária, ensaios biológicos, com exclusão de trabalhos fora do período, duplicados e que o microrganismo infectava apenas plantas. Foram selecionados 98 artigos. Desse total 21% (21/98) eram estudos etnobotânicos ou revisão da literatura. Além disso, em 57% (12/21) desses estudos a população não relatava o uso desse gênero com antimicrobiano. Já em relação aos 79% (79/98) dos estudos experimentais, observou-se que 77% (60/78) relatavam inibição total no crescimento microbiano, 3% (2/78) inibição moderada no crescimento, 4% (3/78) baixa inibição no crescimento e 5% (2/78) não apresentaram inibição, sendo algumas dessas cepas Escherichia coli (multirresistente a antimicrobianos), Pseudomonas aeruginosa, Borrelia burgdorferi, Candida albicans (multirresistente a antimicrobianos), Salmonella enterica subsp. serovar Typhimurium e Saccharomyces cerevisiae. Além disso, 5% (4/78) apresentaram atividade como antiviral, 5% (4/78) no controle parasitário e 1% (1/78) ação preventiva a contaminação por microrganismos mesófilos. A espécie mais citada foi C. citratus sendo utilizado, principalmente, o teste de microdiluição em caldo a parti do óleo essencial para identificar da ação de inibição de microrganismos. Portanto, concluímos que apesar da população desconhecer o potencial antimicrobiano desse gênero, estudos comprovaram o potencial antimicrobiano, podendo ser uma alternativa para uso nas comunidades, além de possibilitar o desenvolvimento de novos fármacos.Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XIII Encontro de Pesquisa de Pós-Graduação
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