Comunicação e regência orquestral: o caso da Orquestra Filarmônica Pauferrense

Autores

  • Aparecida Kátia de Sousa Ferreira
  • Henrique Pinheiro Lima, Rebeca Paiva Bezerra, Kariny Kelvia Paiva Barbosa, Benedito Duarte Netto
  • Adeline Annelyse Marie Stervinou

Resumo

Na maioria dos métodos e manuais de regência brasileiros é observada uma prevalência no uso da comunicação técnica (gestos) em detrimento da comunicação expressiva (expressões faciais, olhares, etc.). Desse modo, foi identificada uma necessidade de compreender como se consolidam os processos comunicativos envolvidos no contexto da regência orquestral, com o objetivo de auxiliar regentes na construção técnica/expressiva de suas habilidades comunicativas. Com isso, o presente estudo visa analisar, através das informações adquiridas pelos regentes convidados, como se efetiva a comunicação na Orquestra Filarmônica Pauferrense (OFP), buscando verificar os efeitos da comunicação dos regentes na execução das obras pelos membros da orquestra. Tendo isto posto, é pertinente mencionar que o estudo foi realizado durante o evento “Especial Solistas”, onde dois regentes externos foram convidados para ensaiar e apresentar durante 5 dias. Para a coleta de dados foram utilizados: um questionário com perguntas sobre o tema da comunicação entre músicos e regentes, e vídeos dos regentes convidados conduzindo a orquestra durante os ensaios. Através dos resultados obtidos, foi percebido que a comunicação verbal atua como um fator significativo na solidificação do repertório, auxílio com o qual os regentes explanaram as características das músicas. Além disso, o olhar e as expressões faciais também foram pontos decisivos mencionados pelos músicos, para que eles pudessem se comunicar com o regente durante a execução das obras. Por meio da análise do material coletado, também observou-se que a comunicação estabelecida durante os ensaios, mediante os gestos, a voz, o olhar, as expressões faciais e corporais, reflete diretamente no desenvolvimento da orquestra e na execução das obras, mesmo que por um curto período de tempo. Também é possível afirmar que, no caso apresentado, a comunicação distinta de cada regente teve uma influência na execução das obras pelos músicos da OFP.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXXIX Encontro de Iniciação Científica