EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO DE β-CARIOFILENO VIA INTRAPERITONEAL EM DOSES REPETIDAS EM RATOS

Autores

  • Carol Leal de Miranda
  • Francisco José Gomes, Mateus Aragão Esmeraldo, Cleane Gomes Moreira, Jose Ronaldo Vasconcelos Dagraca
  • Lissiana Magna Vasconcelos Aguiar

Resumo

Introdução: O β-cariofileno(BCP) é um sesquiterpeno bicíclico natural comumente encontrado na composição de óleos essenciais extraídos de algumas plantas, como a Eugenia caryophyllata. Na última década, intensificou-se o desenvolvimento de estudos relacionados ao BCP, devido a importância farmacológica deste fitocanabinóide na ação anti-inflamatória e no efeito protetor em doenças neurodegenerativas, como a Doença de Parkinson(DP).Objetivo: Este trabalho tem por objetivo relatar a observação de aderências intestinais em ratos tratados com BCP via intraperitoneal(i.p.), em doses repetidas, durante pesquisa sobre os efeitos do BCP na motilidade gastrointestinal de ratos submetidos ao modelo animal de DP induzida por 6-Hidroxidopamina(6-OHDA).Metodologia: Foram utilizados 40 ratos Wistar, peso de 250-300g, sob protocolo n° 15/18 aprovados pelo CEUA da UFC-campus Sobral. Dos 5 grupos de animais, 4 grupos receberam injeção intraestriatal unilateral de 6-OHDA e um grupo, injeção intraestriatal unilateral de salina(SHAM). Uma hora depois, foi iniciado o tratamento com administração i.p. de BCP nas doses 15, 50 e 100 mg/Kg e de Salina para o grupo controle 6-OHDA e grupo SHAM. Após 21 dias de tratamento, foi iniciado o protocolo de estudo do esvaziamento gástrico(EG). Resultados e discussão: Durante o protocolo de EG, realizou-se a laparotomia mediana com exposição de vísceras abdominais (estômago e intestino) e foi observado a presença de aderências intestinais nos animais dos três grupos que receberam o tratamento com BCP. Ademais, pôde-se verificar a piora das adesões intestinais quanto maior foi a concentração de BCP e a inexistência de alterações nos grupos SALINA.Conclusão: As aderências intestinais secundárias ao uso subcrônico de BCP via i.p. não foram mencionadas nas referências analisadas e inviabilizaram o prosseguimento do estudo. Por isso, optou-se pela via oral em substituição, também respaldada pela literatura como livre de efeitos toxicológicos graves.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXXIX Encontro de Iniciação Científica