REVISÃO DE PROTOCOLOS DE INDUÇÃO FARMACOLÓGICA DE DIABETES MELLITUS EM RATOS

Autores

  • Abrahão Lincoln Alves Cunha
  • Yasmin Alves Teles de Menezes, Mirrael de Sousa Lopes, Lana Karine Araújo
  • Igor Iuco Castro da Silva

Resumo

O objetivo desta revisão foi comparar protocolos de indução farmacológica de diabetes mellitus em ratos Wistar. Foi realizada busca bibliográfica com os termos “diabetes” e “ratos”, incluindo trabalhos experimentais na forma de artigos ou literatura cinzenta (dissertações e teses), publicados na íntegra e nos últimos 20 anos nos idiomas português ou inglês e excluindo espécie diferente de Rattus norvegicus albinus. Na amostra final (n=18), foi verificada prevalência de animais jovens (2-3 meses, 200-250g) do sexo masculino, sendo a aloxana (n=14) quase 3 vezes mais usada que a estreptozotocina (n=5). A aloxana apresentou diluição em salina 0,9%, dose única de 32-150mg/kg, via intraperitoneal maior que as demais (endovenosa caudal ou peniana, subcutânea ou intramuscular), com cuidado pré-indução de jejum de 12-30h e pós-indução com alimentação normal e água padrão mais prevalente do que água glicosada 5-10%. Já a estreptozotocina apresentou diluição em citrato pH 4,5, dose única de 35-60mg/kg, vias intraperitoneal ou endovenosa, com cuidado pré-indução de jejum de 15h, embora a pós-indução tenha sido heterogênea, variando de alimentação normal a dieta hiperlipídica e água normal a água com sacarose 10%. Ambos os fármacos demonstraram eficácia diabetogênica, com valores glicêmicos variando de 177 mg/dL a ≥300 mg/dL em até 7 dias. Aloxana exibiu morbidade com glicemia mais grave (458-600mg/dL) a partir da segunda semana após indução e índice de mortalidade variável de 8-40%, com óbitos precoces mais relacionados à via endovenosa do que intraperitoneal. Relatos sobre morbimortalidade com estreptozotocina foram ausentes na literatura. Aloxana e estreptozotocina são drogas eficazes em induzir Diabetes Mellitus em ratos sem remissão do quadro metabólico, contribuindo para pesquisa biomédica experimental. A pluralidade de protocolos e a insuficiência de dados de morbimortalidade sugere a necessidade de um planejamento parcimonioso para escolha de protocolo seguro in vivo.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXXIX Encontro de Iniciação Científica