Trabalho docente e suas repercussões na saúde mental
Resumo
O contexto de trabalho pode repercutir de forma negativa na saúde mental dos professores. Nesse sentido, o trabalho docente no Ensino Superior tem sido tema de debates, motivados pelas altas taxas de afastamento laboral e pelos níveis de adoecimento causados nestes profissionais. Diante desta situação, essa pesquisa objetivou investigar as relações entre trabalho e saúde mental de professores universitários. Com esse propósito, foi realizada uma revisão bibliográfica da literatura. Foram utilizadas as bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde. Os trabalhos foram selecionados por seus respectivos resumos; posteriormente, depois da leitura na íntegra dos materiais, excluíram-se os que não se adequavam à temática proposta. Selecionou-se artigos com filiação nacional e internacional, datados dos últimos 8 anos. Os estudos levantados mostraram prevalência de transtornos de ansiedade, depressão e burnout em profissionais docentes. Fatores referentes à organização do trabalho, como carga horária excessiva, baixa remuneração e falta de autonomia, foram indicados como elementos que provocam sofrimento e adoecimento mental. Além disso, as demandas por produtividade acadêmica no Ensino Superior, caracterizadas, dentre outros aspectos, pela alta exigência de produção bibliográfica incidem negativamente na saúde mental dos docentes. Nesse sentido, o adoecimento psíquico afeta diretamente o exercício profissional dos professores e repercute na qualidade do ensino e nas relações interpessoais, gerando altas taxas de afastamento do trabalho, dentre outras consequências. Portanto, estudos acerca da relação entre saúde mental e trabalho docente são importantes para identificar fatores de adoecimento psíquico e, dessa forma, propor estratégias de cuidados e melhoria da qualidade de vida dos professores.Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XXXIX Encontro de Iniciação Científica
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