USO DO LIPOPOLISSACARÍDEO (LPS) COMO INDUTOR DE MODELO ANIMAL DA DOENÇA DE PARKINSON

Autores

  • Marília Rocha Silva
  • Cleane Gomes Moreira, Carla Thiciane Vasconcelos de Melo
  • Lissiana Magna Vasconcelos Aguiar

Resumo

Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa, progressiva e crônica do sistema nervoso central, caracterizada pela destruição dos neurônios dopaminérgicos da substância nigra e causadora de disfunção motora, como lentidão de movimento, rigidez e tremor. O LPS, endotoxina encontrada na membrana externa de bactérias gram-negativas, é uma molécula neurotóxica utilizada para mimetizar a DP em modelos animais e que contribui para o estudo dos fatores pró-inflamatórios que podem causar estresse oxidativo e neuroinflamação nos neurônios nigroestriatais. Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo quantificar, avaliar e comparar os estudos sobre os efeitos do LPS no modelo animal da DP nos últimos dez anos. Método: Foi utilizada a base de dados Pubmed para a pesquisa de artigos científicos que abordassem o uso e os efeitos do LPS na indução da Doença de Parkinson em modelos animais, utilizando os descritores combinados “LPS”, “Parkinson's disease” e “rat” e publicados entre 2010 e 2020. Resultados: A busca trouxe diversos artigos sobre o tema e ao serem contabilizados os que estavam de acordo com os critérios de inclusão e eliminados os repetidos, resultou em 8 artigos. Foi abordado em 50% dos artigos o efeito indutor do LPS e sua resposta neuroinflamatória, que levam à produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, criando um estresse neuronal e morte de neurônios dopaminérgicos. Além disso, 25% dos artigos trazem estudos sobre distúrbios específicos causados pelo LPS, 12,5% abordam as áreas de aplicação e 12,5% trazem meios para a proteção dos neurônios dopaminérgicos. Conclusão: O LPS tem se mostrado bastante eficaz para modelar aspectos da Doença de Parkinson em modelos animais através da neuroinflamação, além de contribuir para o entendimento dos mecanismos fisiopatológicos da doença e o desenvolvimento de novos tratamentos na área.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXXIX Encontro de Iniciação Científica