PROCESSO DIAGNÓSTICO DE LESÃO CÍSTICA EM REGIÃO POSTERIOR DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO.

Autores

  • Pedro Isac Fontenele Saldanha
  • Marcelo Sousa Roberto, Filipe Nobre Chaves, Marcelo Ferraro Bezerra, Rodrygo Nunes Tavares
  • Francisco Samuel Rodrigues Carvalho

Resumo

O complexo bucomaxilofacial pode ser acometido por uma ampla variedade de neoplasmas benignos. Dentre esses destacam-se as lesões de origem odontogênica. Os cistos e tumores odontogênicos, são lesões benignas incomuns, que podem ser localmente agressivas e estar associados à considerável taxa de recidiva. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de paciente do sexo masculino, 20 anos, que foi encaminhado à clínica de odontologia após atendimento em unidade básica de saúde, referindo aumento de volume facial assintomático após exodontia do dente 37, com tempo de evolução de aproximadamente um ano. O exame físico extraoral evidenciou aumento de volume em terço inferior de hemiface esquerda. A oroscopia observou-se trauma oclusal no rebordo alveolar na região do dente 37 e trígono retromolar ipsilateral, com expansão das corticais. À palpação revelou ausência de sintomatologia dolorosa. O exame imaginológico revelou lesão radiolúcida, unilocular, de margens/limites bem definidos, associada ao dente 38 incluso. Foram aventadas as hipóteses de: ameloblastoma unicístico, ceratocisto odontogênico e cisto dentígero. Diante do exposto foi realizada biópsia incisional, em ambiente ambulatorial, associada à marsupialização da lesão. O espécime foi encaminhado para análise anatomopatológica a qual foi condizente com ameloblastoma unicístico. A marsupialização foi acompanhada durante 09 meses, e o paciente foi encaminhado para tratamento de enucleação. O diagnóstico das lesões císticas do complexo maxilofacial é imprescindível para o correto manejo destas lesões. Os achados clínicos e radiográficos são fundamentais durante a elaboração do diagnóstico diferencial. O exame histopatológico é fundamental para a seleção do tratamento definitivo. Tais cuidados visam garantir menores taxas de recidiva e melhor desfecho clínico para o paciente.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Docência no Ensino Superior