CENSO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL: QUEM SÃO E O QUE DIZEM OS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA DA UFC NO CAMPUS DE SOBRAL.

Autores

  • Lorena Albuquerque Mendes
  • Eva Dias Cristino
  • Rafaela Silveira de Aguiar

Resumo

Este presente estudo objetiva conhecer o perfil, a avaliação e as demandas que os estudantes com deficiência apresentam nas experiências acadêmicas no Campus de Sobral da Universidade Federal do Ceará. Tal pesquisa se utiliza do Censo dos Estudantes Público Alvo da Educação Especial na Perspectiva Inclusiva da UFC em 2021. Para tanto, utilizou-se do banco de dados do Censo, cuja coleta de informações foi realizada por meio de questionário online do Google Forms enviado ao e-mail dos alunos. De natureza quanti-qualitativa, o Censo produziu dados que foram registrados em planilha no programa Excel. Os resultados do estudo revelaram que o perfil dos estudantes com deficiência em Sobral tem maioria do sexo masculino (65%) e cursa Medicina (38%); e a idade varia entre 19 e 56 anos. Quanto às categorias de deficiência, 54,1% têm deficiência física/motora, 21,6% visual, 8,1% auditiva, 8,1% Transtorno do Espectro Autista, 5,4% múltipla e 3% intelectual. Neste artigo, elencam-se os principais pontos positivos e negativos apontados pelos partícipes, são eles: dificuldade com metodologia, sobrecarga de conteúdo e processo avaliativo de alguns professores; falta de padronização das plataformas para as aulas e contatos; menor colaboração do que o esperado quanto aos colegas de turma. Quanto aos pontos positivos, tem-se o elogio à receptividade e resolutividade das coordenações de curso; boas relações com os colegas de turma; maior complacência dos docentes no contexto do ensino remoto. Como sugestões, apontaram a criação de canais de comunicação como grupos de WhatsApp ou Telegram com informações; acesso à internet no Campus; aumento de sinalizações de acessibilidade no campo; mais informações quanto à biblioteca digital. Em síntese, percebe-se que a participação dos estudantes com deficiência nas políticas de inclusão na Universidade deve ser um dos elementos mais incentivados para a promoção da acessibilidade, contudo outros mecanismos de participação podem ser implementados.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

VI Encontro de Iniciação Acadêmica