O estudo da religião e espiritualidade sob o olhar dos discentes do curso de Psicologia: um relato de experiência

Resumo

Este trabalho tem como objetivo apresentar um relato de experiência dos discentes de psicologia no estudo da relação da práxis psicológica com os campos da religião e da espiritualidade. Para isso, delineia-se as ações do grupo de estudos, de caráter introdutório, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicologia, Religião e Espiritualidade (NEPPSIREL), o qual está vinculado ao Programa de Educação Tutorial, PET-Psicologia, da Universidade Federal do Ceará, UFC, campus Sobral. Tais ações ocorreram no semestre 2021.1, no qual, em vista do modelo de ensino remoto adotado devido a pandemia da COVID-19, os encontros adaptaram-se para periodicidade quinzenal e se operacionalizaram via plataformas virtuais. Esse cenário possibilitou um alcance maior do público participante, abrangendo discentes de outros cursos da UFC e de outras universidades. Nesses encontros, discutiram-se as temáticas envoltas na área de psicologia da religião/espiritualidade, nesse sentido, foi possível contemplar estudos e pesquisas sobre esse campo psicológico, os quais encontram-se ausentes na formação curricular em psicologia. Assim, debateu-se coletivamente questões como: 1) aspectos conceituais da religião, religiosidade e espiritualidade; 2) intolerância religiosa; 3) aspectos éticos da relação entre psicologia e religião; 4) fé e laicidade; por fim, 5) questões introdutórias sobre o ateísmo. Ademais, os diálogos feitos a partir da leitura de publicações científicas possibilitaram aos participantes do grupo de estudos uma apreensão abrangente e aprofundada da relação possível entre psicologia e religião, possibilitando aos discentes a compreensão da experiência religiosa/espiritual e não religiosa na constituição da subjetividade dos sujeitos. Finaliza-se apontando que tais estudos são de extrema importância para os acadêmicos de psicologia e demais participantes, pois respondem ao propósito de que estes futuros profissionais consigam atuar de modo a respeitar valores e crenças dos pacientes.