TENDÊNCIA TEMPORAL DA INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA NO MUNICÍPIO DE SOBRAL - CE NOS ANOS DE 2014 A 2017.

Autores

  • Paula Fernanda Patriolina Teixeira de Oliveira
  • Rafael Lucas Simões dos Santos, Anna Luísa Ramalho Johannesson, Alice de Carvalho Barbosa e Vasconcelos
  • Guarany Mont Alverne de Arruda

Resumo

A sífilis congênita decorre da disseminação hematogênica da bactéria Treponema pallidum da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, por via transplacentária ou canal de parto, podendo ser gênese de anormalidades fetais múltiplas e óbito. Ela continua a ser um problema no Brasil, apesar de ser detectável no pré-natal e tratável. O objetivo do estudo é analisar a incidência de sífilis congênita em Sobral no período de 2014 a 2017. Trata-se de um estudo observacional, descritivo, retrospectivo e quantitativo, cujos dados foram obtidos por meio das notificações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e dos dados disponíveis no Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Tais dados foram obtidos na gerência da Vigilância Epidemiológica de Sobral, com base no banco de dados do DATASUS. No período analisado, foram registrados 85 casos de sífilis congênita, dos quais 83 contaram com acompanhamento pré-natal, contabilizando 1 aborto e 1 natimorto. A análise isolada de cada ano mostra que, em 2014, a taxa de incidência de sífilis congênita foi de 11,8/1000 NV; em 2015, 5,18/1000 NV; em 2016, 3,96/1000 NV, e em 2017, 3,93/1000 NV. O Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Mundial de Saúde, preconiza até 0,5 casos de sífilis congênita por 1.000 nascidos vivos por ano como meta para a eliminação. Nota-se que há uma tendência de redução na incidência durante esses anos em Sobral, no entanto a meta de eliminação ainda não foi alcançada. A análise do cumprimento dessa meta é importante indicador de saúde, pois reflete as condições assistenciais materno-infantis. Trata-se de um problema emergente que merece maior atenção dos órgãos de saúde, tendo em vista a alta morbimortalidade infantil. Alcançar a meta proposta inclui estratégias como a prevenção, a detecção pré-natal das gestantes com sífilis, o seu tratamento e de seus parceiros e o seguimento dos bebês expostos, a fim de reduzir a incidência da doença.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

V Encontro de Estágios