APENDAGITE EPIPLÓICA: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Richelly Amanda Pinto
  • Natalya Rodrigues Ribeiro
  • Caroline Evy Vasconcelos Pereira

Resumo

A Apendagite Epiplóica (AE), que foi validada como uma entidade nosológica em 1956, é caracterizada como uma forma clinica benigna e auto-limitada, desinente da trombose ou torção das veias que drenam os apêndices epiplóicos. Ela pode ser ocasionada pela má rotação intestinal, que é uma anomalia congênita desencadeada pela rotação incompleta e fixação anômala do intestino primitivo durante a vida fetal. Isso ocorre quando o apêndice epiplóico é mais longo que o habitual e a veia, que já é naturalmente mais longa que a artéria devido ao seu curso tortuoso, modifica sua anatomia, transformando o seu pedículo em um formato espiral. Essa anomalia induz a uma torção aguda, resultando em uma possível isquemia com necrose asséptica. Quando se dá de forma crônica, segue com pouco ou nenhum sintoma, entretanto, quando ocorre agudamente, pode mimetizar um abdome agudo inflamatório. Habitualmente, manifesta-se nos primeiros meses de vida, contudo pode permanecer silenciosa e provocar dificuldades e falhas nos diagnósticos dos pacientes com dor abdominal aguda. A apendagite epiplóica é um estado clínico benigno e autolimitado, decorrente da torção ou trombose venosa dos apêndices epiplóicos, e comumente apresenta-se com dor na fossa ilíaca esquerda (FIE). O diagnóstico é obtido através da tomografia computadorizada e dispõe de tratamento conservador. Esse trabalho tem o intuito de relatar um caso de apendagite epiplóica, bem como revisão de literatura, enfatizando o método de diagnóstico e o manejo do tratamento dessa doença.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Extensão