Análise de internações e óbitos por Hipertensão Arterial Sistêmica no Ceará entre 2016 e 2020

Autores

  • Wendelly Soares Torres
  • Felipe Salim Habib Buhamara Alves Nasser Gurjão, Jhulia de Aguiar Polleze, José Oliver Ximenes Carneiro Filho, Ana Stela de Andrade Parente
  • Geison Vasconcelos Lira

Resumo

Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial que se caracteriza pela elevação persistente da pressão arterial, ou seja, pressão arterial sistólica maior/igual a 140mm/Hg ou pressão arterial diastólica maior/igual a 90mm/Hg. Por ser frequentemente assintomática, a HAS costuma evoluir com lesões de órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins e vasos. Ademais, ela é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, doenças renais crônicas e para morte prematura. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar a quantidade de internações e óbitos por HAS no estado do Ceará e fazer um estudo comparativo de sua prevalência em relação à idade, sexo e raça. Método: Este é um estudo ecológico descritivo, a partir de informações da plataforma do DATASUS de Sistema de informações de Saúde (TABNET) com abrangência geográfica no estado do Ceará. Foram analisados os parâmetros: ano, faixa etária, sexo, cor/raça, número de internações e de óbitos. Resultados: Percebe-se um decréscimo progressivo no número de internações e óbitos no período estudado, 53,96% e 47,62% a menos que 2016, respectivamente. Observa-se um aumento linear no número de internações em relação à idade, mas em relação aos óbitos, o ponto de corte observado é a partir de 30 anos. Quanto ao sexo, o feminino é o mais afetado, com um valor 50% a mais internações que o masculino, além de 28,1% a mais de mortes em relação ao sexo oposto. Já sobre cor/raça, 58,79% do total de internações eram de pessoas pardas, contra 6,87% de brancos, 0,96% de pretos, 3,79% de amarelos e 0,20% de indígenas. Em relação aos óbitos, os pardos constituíam 64,38% do total de mortes. Conclusão: A HAS, ao passo que progride clinicamente, é responsável por um maior número de internações e aumento da mortalidade. Embora a apresentação clínica e as complicações sejam semelhantes em todos os pacientes, observa-se maior risco de hospitalizações e óbitos no sexo feminino e em pessoas pardas.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Extensão