ESTUDO DOS ÓBITOS POR HIDROCEFALIA CONGÊNITA NO CEARÁ, DE 1996 A 2019.

Autores

  • Mateus de Sousa Cavalcante
  • Allen Lopes de Barros, Alexia Pompeu Monte, João Marcos de Fontes Carneiro
  • Vicente de Paulo Teixeira Pinto

Resumo

Introdução: Hidrocefalia congênita (HC) é uma anormalidade que pode ocorrer durante o desenvolvimento fetal por fatores genéticos, infecções e uso de drogas durante a gestação. Tal enfermidade é caracterizada pelo acúmulo de líquido no crânio do feto, o que pode levar ao aumento da pressão intracraniana e edema cerebral. Essa condição pode deixar sequelas e levar a óbito. Este estudo tem como objetivo descrever a mortalidade por hidrocefalia congênita no estado do Ceará no período de 1996 a 2019. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, descritivo, retrospectivo, com dados de mortalidade por HC no estado do Ceará, entre os anos de 1996 e 2019. Os dados foram obtidos a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), por meio do aplicativo TABNET, tabulados e analisados por meio do aplicativo Bioestat 5.0. Resultados: Foram identificados nesse período 401 casos de óbitos por HC. A mortalidade foi maior no sexo masculino (48,63%) em comparação ao sexo feminino (47,38%%), e ignorado (3,99%). Quanto à raça/cor, o número de óbitos foi maior em pardos (31,67%), seguidos de brancos (26,93%) e ignorado (40,65%). Nas faixas etárias, a maior prevalência foi observada em menores de 1 ano (71,32%), seguida da faixa de mais de 1 ano até 4 anos (15,96%) e de 5 a 9 anos (3,74%%). Com relação às Macrorregiões, tem-se maior prevalência na Macrorregião de Fortaleza (51,62%), seguida de Sobral (23,44%) e Cariri (14,21%). Conclusão: Com base na análise dos dados coletados e apresentados é possível observar a existência de um perfil populacional na mortalidade por HC no estado do Ceará e, com essa percepção, é possível elaborar estratégias de otimização da prevenção, promoção e educação em saúde. Portanto, a elevada mortalidade evidenciada pelo estudo, em indivíduos com menos de 1 ano de idade, sugere uma necessidade no avanço do rastreio da HC nessa faixa etária, bem como a capacitação dos profissionais de saúde, com o fito de reduzir esses números.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Extensão