LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS NAS OLIMPÍADAS DE TOKYO 2020: ANÁLISE DESCRITIVA DAS LESÕES DE ATLETAS BRASILEIROS

Autores

  • Samira da Costa Carneiro
  • Ana Lourdes Silva dos Santos, Gustavo Cleber Silva dos Santos
  • Júlio César Chagas e Cavalcante

Resumo

Introdução: No mundo dos esportes de alto rendimento, a ocorrência de lesões traumato-ortopédicas é algo rotineiro. Ao todo, nas Olimpíadas de 2016, 8% dos atletas sofreram ao menos uma lesão durante os 17 dias do evento. Em virtude da realização das Olimpíadas de 2020, a Liga Acadêmica de Ortopedia e Traumatologia realizou uma pesquisa sobre as lesões dos atletas brasileiros durante a realização dos jogos, os quais tiveram grande enfoque na mídia e levantaram questões sobre a saúde e a recuperação dos atletas após intercorrências. Objetivos: Analisar e comparar as lesões traumato-ortopédicas sofridas pelos atletas brasileiros nas olimpíadas de 2020 em Tóquio. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva feita com dados secundários colhidos no ano de 2021 após o término das Olimpíadas de Tóquio. Devido ao fim recente das olimpíadas, os dados a respeito das lesões dos atletas ainda não foram catalogados no National Olympic Committee (NOC), o que dificultou a pesquisa e nos fez restringi-la apenas a atletas brasileiros, dos quais obtemos informações através dos portais de notícias online. Resultados: Foram encontradas dados de 5 casos de lesões, Macris (levantadora do vôlei) e Flávia Saraiva (ginasta) sofreram entorse do tornozelo, Pamela Rosa (skatista) teve ruptura completa do ligamento deltóide do tornozelo esquerdo, Maria Suelen (judoca) lesionou o ligamento patelar e Matheus Cunha (jogador de futebol) sofreu uma contratura na coxa esquerda. Conclusão: Em 2016, edição anterior das olimpíadas, foram relatadas 1101 lesões, das quais a maioria, 431, localizavam-se nos membros inferiores, correspondendo a taxa de 39,1%. A prevalência quanto ao local também foi constatada neste trabalho. Quanto ao gênero, no último relatório, os índices não apresentaram uma diferença significativa entre os sexos, mas as mulheres apresentaram maior risco em alguns esportes. Assim sendo, o trabalho também concluiu uma maior ocorrência das lesões em mulheres, numa proporção de 4:1.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Extensão