ESTUDO CADAVÉRICO DE CORONA MORTIS “COROA DA MORTE” ARTERIAL: UM RELATO DE CASO

Autores

  • Ana Lourdes Silva dos Santos
  • Paulo Roberto Matos Neto, Érica Jamilly de Sousa Ribeiro, Daniel Hardy Melo, Eladio Pessoa de Andrade Filho
  • Carolina da Silva Carvalho

Resumo

INTRODUÇÃO: A corona da mortis “coroa da morte” pode ser caracterizada como uma conexão arterial ou venosa anômala entre vasos obturatórios e epigástricos inferiores. Contudo, tal variação pode surgir pelo alargamento do ramo púbico da artéria epigástrica inferior que desce em direção ao forame obturado, substituindo a artéria obturatória. A presença desse cruzamento, forma uma alça arterial no ramo superior do púbis, tornando a região propensa a lesões ou complicações durante cirurgias corretivas de hérnias inguinais, colocação de telas de polipropileno e fraturas pélvicas. OBJETIVO E METODOLOGIA: Neste contexto, o presente estudo objetiva descrever a anastomose arterial do tipo corona mortis em cadáver do sexo feminino, 52 anos pertencente ao acervo do Laboratório de Anatomia Humana da Universidade Federal do Ceará, Campus de Sobral. As medidas do comprimento e diâmetro externo foram obtidas e registradas. RESULTADOS: Na hemipelve esquerda foi identificado uma artéria obturatória anômala emergindo da artéria epigástrica inferior, projetando-se caudalmente ao forame obturado. A alça arterial apresentou um diâmetro externo de 7 mm e comprimento de 42 mm. Corroborando com nossos achados, Aguiar et al. (2020) obtiveram comprimento e diâmetro similares: 48mm e 2 mm, respectivamente. Além disso, estudos recentes têm relatado a presença da corona mortis em cerca de metade das hemipelves, com uma prevalência de 45%. CONCLUSÃO: O entendimento das variações anatômicas na origem e percurso das artérias epigástricas inferiores e obturatórias são de relevância clínica e cirúrgica, minimizando riscos de hemorragias e erros iatrogênicos nesta região.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Iniciação a Docência