Escleroterapia como tratamento de lesões vasculares: relato de experiência como prática de iniciação a docência na disciplina de métodos de diagnóstico

Autores

  • Irla Maria Sousa Moura
  • Anne Diollina Araújo Morais, Marcelo Bonifácio da Silva Sampieri, Filipe Nobre Chaves
  • Denise Hélen Imaculada Pereira de Oliveira

Resumo

Malformações vasculares (MVs) e hemangiomas de infância (HIs) são lesões vasculares (LVs) benignas relativamente comuns na cavidade oral. Normalmente são lesões assintomáticas que variam em tamanho, cor e podem apresentar-se como lesões planas ou elevadas com superfície lisa ou nodular, bordas definidas, sésseis e consistência macia à palpação. A escleroterapia (ESC) é classificada como uma técnica eficaz e minimamente invasiva para o tratamento dessas lesões, proporcionando altas taxas de cicatrização de70% a 100% que excluem a necessidade de uma intervenção cirúrgica mais complexa. Embora muitos agentes esclerosantes estejam disponíveis no mercado, o oleato de monoetanolamina (OM) é particularmente útil e eficaz devido à sua baixa toxicidade em comparação a outros agentes indutores de esclerose. O presente estudo, visa relatar o uso de OM 5%, como forma de tratamento para LVs orais. Trata-se de um relato de experiência vivenciado na disciplina de métodos de diagnóstico, no qual foi realizado injeção intralesional de OM 5% em LVs de pacientes que obtiveram diagnóstico clínico. O protocolo escolhido foi fundamentado nos artigos de Kato et al., 2019 e Ozaki et al., 2010; que consistiu em injeção intralesional com uma seringa de insulina de agulha curta com aproximadamente 0,1ml de OM 5% por 4mm de lesão com intervalo de 14 dias entre as sessões. As principais indicações para uso da ESC incluíam inchaço, crescimento e queixas estéticas, além disso todos os casos foram avaliados individualmente com base em suas características clínicas. A escolha da ESC como forma de tratamento mostrou grandes resultados clínicos e estéticos satisfatórios contrastando outras opções de tratamento citadas na literatura, como a cirurgia que poderia comprometer a fisiologia e os aspectos estéticos finais. O uso de OM como terapia ainda se mostrou como uma terapêutica viável e bem aceita pelo paciente por ser uma opção de tratamento acessível, mostrando eficácia quando usada adequadamente.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Iniciação a Docência