PREPAROS CAVITÁRIOS CONSERVADORES E O IMPACTO NO TRATAMENTO ENDODÔNTICO: REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Edmar Felipe Maia de Almeida
  • Sávio Martins Alves, Lívia Maria Barbosa de Souza, Juliana Dantas da Costa, Bruno Carvalho de Sousa
  • Alrieta Henrique Teixeira

Resumo

A execução do tratamento endodôntico envolve três etapas técnicas interdependentes: acesso à câmara pulpar; preparo biomecânico do sistema de canais radiculares e obturação do sistema de canais. Cada momento técnico possui suas particularidades e a execução adequada dos passos técnicos resultará em um tratamento adequado. Acesso coronário é o procedimento que coloca em comunicação a superfície externa da coroa dentária com o espaço interno ocupado pela polpa permitindo a utilização dos instrumentos endodônticos nos condutos radiculares. Objetivou-se revisar a literatura sobre tipos de acesso coronário conservadores e impactos no tratamento endodôntico. Realizou-se um levantamento bibliográfico de artigos publicados nos últimos 10 anos, no banco de dados PubMed, com os descritores: “Endodontics” e “Dental Cavity Preparation”. Foram encontrados 96 estudos, dos quais 3 foram selecionados por avaliarem preparos de acesso coronário. Diante disso, foi feita uma busca manual direta selecionando 6 artigos que avaliavam pelo menos um tipo de acesso conservador e sua influência na resistência à fratura do dente. Cinco dos artigos avaliaram cavidades endodônticas conservadoras e sua influência na eficácia da instrumentação, obturação dos canais radiculares e resistência à fratura. Apenas um estudo mostrou resultado com um parâmetro positivo, sendo apenas para aumento da resistência à fratura em relação ao acesso tradicional. Três estudos avaliaram cavidades ultraconservadoras (ninja) para os mesmos parâmetros, porém em apenas um artigo foi demonstrado uma melhora na resistência a fratura. Além disso, cavidades conservadoras e ultraconservadoras foram associadas à maior quantidade de paredes não preparadas. Dois artigos avaliaram cavidades em “treliça” (truss access), contudo nenhum demonstrou benefícios em relação ao preparo tradicional. Evidencia-se, portanto, que preparos minimamente invasivos trazem poucos benefícios e podem impactar negativamente o tratamento endodôntico.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Iniciação a Docência