Variações anatômicas do Polígono de Willis: uma revisão da literatura

Autores

  • José Anchieta Rodrigues Filho
  • Carolina da Silva Carvalho, Daniel Hardy Melo, Francisco Renan Pontes Araújo Filho, Jesus Ribeiro de Morais
  • Eladio Pessoa de Andrade Filho

Resumo

Introdução: O Polígono de Willis é uma estrutura muito importante para a anatomia humana, pois sua capacidade de estabelecer vias colaterais na circulação encefálica pode estipular às diferenças entre os possíveis graus de sequelas em casos de obstrução arterial em seus ramos. Método: Foram selecionados 7 artigos que melhor se adequaram ao objetivo deste estudo. Foram usados os seguintes descritores: “Circle of Willis", "Anatomic/Anatomical" e “Variations/Variants”. Os bancos de dados utilizados foram o PUBMED e o MEDLINE. Não foram considerados artigos cujo foco não era a descrição das variações anatômicas do polígono de Willis como um todo. Os artigos publicados antes de 2013 não foram considerados. Resultados e discussão: Foi observado que a variação mais prevalente foi a ausência/hipoplasia da artéria comunicante posterior (ACoP). Do total de cérebros analisados em todos os artigos (3356), essa variação estava presente em 69%. Hipoplasia/ausência foram consideradas em conjunto para a ACoP, pois alguns artigos não as isolaram, de modo que não ficou nítida a quantidade exata de cada uma. A segunda variação mais frequente foi a ausência da artéria comunicante anterior, presente em 14,9% dos indivíduos. A ausência do segmento P1 da Artéria Cerebral Posterior, observamos estar presente em 8,2%, seguida de sua hipoplasia (6,4%). Foi encontrado também hipoplasia do segmento A1 da artéria cerebral anterior (ACA), presente em 6,34%. Já a ausência da ACA ocorreu em 4,32%. Assim, é possível verificar que as variações são mais frequentes na circulação posterior, especificamente na ACoP, o que impede a comunicação entre a circulação anterior e posterior. Conclusão: Com base no exposto, fica evidente que a maior parte dos indivíduos não possuem a forma completa do Polígono de Willis, e que as variações podem chegar a uma prevalência muito significante (69%). Devido a sua relevância clínico-cirúrgica, é importante entender as diferentes composições dessa estrutura anatômica.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Iniciação a Docência