Autopercepção e condições de saúde bucal em idosos institucionalizados

Autores

  • Aline Pinho Barros
  • Bárbara Helen Lessa Rocha
  • Mariana Ramalho de Farias

Resumo

O objetivo desse trabalho é analisar a relação da autopercepção da saúde bucal dos idosos institucionalizados com a condição de saúde bucal. Para tanto, foi realizado um levantamento epidemiológico em saúde bucal com idosos dos abrigos Sagrado Coração de Jesus e Casa Bom Samaritano, no município de Sobral, Ceará. Para obtenção das informações e avaliação de saúde bucal foram realizados exame clínico bucal, utilizando a metodologia do SB Brasil 2010, e entrevista utilizando o questionário de autocuidado de saúde bucal e de qualidade de vida associada à saúde bucal (GOHAI). Do total de 33 idosos, a maioria (72,7%) era edêntula com ausência de prótese devido a falta de assistência odontológica. Observou-se que 15,1% dos idosos analisados apresentavam alterações em tecidos moles por precária higienização, como a candidíase. Referente aos idosos dentados, 60% apresentavam doença periodontal severa, com bolsas profundas (acima de 4 mm). Quanto à condição de cárie, 69,7% dos idosos tiveram como motivo exclusivo da perda dental a cárie. No teste de GOHAI, foi observado que 42,4% tiveram que diminuir ou mudar a quantidade de alimento por conta de sua condição bucal, 30,3% sente desconforto ao comer e ao mastigar, 33,3% estavam insatisfeitos com sua boca, 21,2% sentiam preocupação em relação à sua boca e 9% deixou de encontrar pessoas por causa da condição bucal. Diante dos resultados, é possível concluir que os sintomas, como a dor, apresentaram uma maior relevância para os idosos do que os sinais clínicos, como foi observado em idosos edêntulos que apesar de apresentarem dificuldade em se alimentar apresentavam-se satisfeitos com sua boca e não pretendiam utilizar próteses.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica