Avaliação da atividade antifúngica do óleo extraído da Moringa oleifera frente a Candida

Autores

  • Francisco Antonio Fernando Pereira da Silva
  • Marina Rodrigues Silva, Ludimila Gomes Pinheiro, Guilherme Mendes Prado, Lucas Cunha Silva
  • Francisco Cesar Barroso Barbosa

Resumo

Candida sp. são patógenos oportunistas que infectam pessoas imunossuprimidas, principalmente em ambientes hospitalares, representando um importante problema de saúde pública nos últimos anos, isso se deve ao aumento da resistência aos antimicrobianos. Como alternativa aos tratamentos convencionais, Moringa oleifera, planta comestível com grande variedade de características nutricionais e medicinais, apresenta propriedades que podem ser bastante promissoras no tratamento de infecções causadas por Candida sp. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antifúngica do óleo extraído da M. oleifera frente a C. albicans. O óleo foi extraído da semente da M. oleífera por destilação em solvente por meio do extrator de Soxhlet, foi realizada microdiluição em placas de poliestireno de 96 poços para verificar a concentração inibitória mínima (CIM). Além disso, foi avaliado o crescimento por meio da turbidez. Foram testados um isolado clínico e a cepa padrão ATCC 90038. Os resultados demonstraram que na concentração de 2500 μg/mL houve diminuição do valor de absorbância indicando menor turbidez e atividade antifúngica frente aos isolados analisados. Contudo, não foi observada uma CIM nas concentrações testadas, sugerindo fraca atividade inibitória desse óleo frente a C. albicans. A literatura destaca que a M. oleifera possui componentes que são capazes de aumentar a permeabilização da membrana celular, degradação da parede celular e produção de espécie reativa de oxigênio em C.albicans, além de apresentar baixa toxicidade. Alguns peptídeos presentes na M. oleifera são capazes de aumentar em 50 vezes a atividade anticandida do antifúngico nistatina, mas o efeito fungicida ou fungistático desses componentes depende da espécie de Candida. Dessa forma, M. oleifera mostrou-se promissora para a criação de novos fármacos ou como adjuvante aos fármacos convencionais para o tratamento de infecções clínicas causada por essa espécie.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica