Avaliação da configuração de fibras colágenas no córtex ovariano de camundongas após tratamento in vivo com Actaea racemosa (L.)

Autores

  • Amanda Gomes de Oliveira
  • Miguel Fernandes de Lima Neto, Ernando Igo Teixeira de Assis, Anderson Weiny Barbalho Silva, Ana Liza Paz Souza Batista
  • Alana Nogueira Godinho

Resumo

O ovário é o principal órgão do sistema reprodutor feminino e seu estroma é muito importante para a manutenção da homeostase deste órgão, viabilizando a foliculogênese e a oogênese. Tendo em vista a importância da manutenção da integridade desse microambiente, justifica-se a investigação de substâncias que, potencialmente, proporcionem a proliferação ou manutenção de fibras colágenas, a exemplo da Actaea racemosa (L.). Assim, o presente estudo objetivou analisar a configuração de fibras colágenas no córtex ovariano de camundongas que receberam o tratamento in vivo com o extrato de A. racemosa. Após aprovação da CEUA, sob número de protocolo 05/18, camundongas Swiss (n = 24) foram divididas em 4 grupos e receberam tratamento com A. racemosa em diferentes doses por via oral ao longo de 10 dias: G1 - Solução salina (controle), G2 - A. racemosa [0,5 mg/kg], G3 - A. racemosa [5 mg/kg] e G4 - A. racemosa [50 mg/kg]. Após o período experimental, os animais foram eutanasiados e seus ovários destinados ao processamento histológico e coloração com Picrosirius Red (Abcam Kit) para detecção das fibras colágenas na matriz extracelular ovariana. As lâminas foram fotografadas por meio de um microscópio invertido (Nikon, Eclipse, TS 100, Japão) com câmera acoplada (DS Cooled DS DS-Ri1) em 5 campos diferentes para cada ovário. Em seguida, as imagens foram analisadas por meio do Software Image J. Os dados demonstraram que todos os grupos de tratamento aumentaram a produção de colágeno em relação ao grupo não tratado. Além disso, o G2 [A. racemosa - 0,5 mg/kg] e G3 [A. racemosa - 5 mg/kg] mostraram-se como as melhores doses responsivas ao tratamento quando comparado ao grupo não tratado. Desse modo, conclui-se que o extrato de A. racemosa aumentou a proporção de fibras colágenas nos ovários em todas as concentrações, destacando-se a dose de 0,5 e 5 mg/kg, o que implica na manutenção de um microambiente ovariano saudável, viabilizando os processos de foliculogênese e oogênese.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica