QUEILITE ACTÍNICA: UM ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E MICROSCÓPICAS COMO FATORES PREDITORES DO POTENCIAL DE TRANSFORMAÇÃO MALIGNA

Autores

  • Gislayne Nunes de Siqueira
  • Wylly Wesley Costa de Moura, Jacques Antonio Cavalcante Maciel, Marcelo Bonifácio da Silva Sampieri, Filipe Nobre Chaves
  • Denise Hélen Imaculada Pereira de Oliveira

Resumo

A queilite actínica (QA) é uma desordem potencialmente maligna caracterizada por ser uma inflamação que acomete o vermelhão de lábio e, clinicamente pode apresentar regiões de atrofias, fissuras e por vezes ulcerações. Sua etiologia está relacionada à exposição crônica a radiação emitida pela luz ultravioleta solar (RUV), razão pela qual, é muito importante traçar um perfil da lesão e observar os padrões que apresenta. Esse trabalho teve como objetivo fazer um levantamento das características clínicas e microscópicas da QA que podem ser consideradas preditores do potencial de transformação maligna dessa condição. Foram analisados prontuários e laudos histopatológicos de maio de 2007 a abril de 2021, totalizando 69 casos com o diagnóstico clínico de QA. A análise dos dados foi realizada através de regressão logística utilizando a biblioteca nnet do RStudio versão 2.2.0. onde observou-se que nas características clínicas, o padrão da forma e coloração das lesões alterava de acordo com o nível de progressão da QA. Lesões em que histopatologicamente se observava apenas elastose solar sem displasia epitelial (DE) ou elastose associada a DE leve, possuíam predominantemente a forma de placa e coloração leucoplásica. As DEs moderadas também mostraram prevalência maior de placas, mas o padrão de cor mais observado foi eritroleucoplásica. As lesões ulceradas biopsiadas tiveram diagnósticos de DE severa e coloração eritroplásica em sua maioria. Conclui-se então, que é de fundamental importância que o cirurgião dentista saiba identificar os grupos de risco, para poder agir na prevenção e no diagnóstico precoce da QA, evitando uma possível evolução para lesão maligna, que possui maior morbidade e exige um tratamento menos conservador.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica