A nanotecnologia e suas Implicações na gametogênese e embriogênese: Uma revisão

Resumo

As nanopartículas, normalmente se apresentam características de uma dispersão coloidal, nos quais os tamanhos variam de 1 a 100 nm. Em geral, essas estruturas passam por barreiras biológicas e afetam diversos órgãos, incluindo órgãos relacionados à reprodução de machos e fêmeas, bem como oócitos, espermatozóides e embriões. Para uma melhor aplicabilidade desta tecnologia na saúde humana e animal, é importante discutir os efeitos das nanopartículas no sistema reprodutor. Diante disso, os objetivos deste estudo é investigar a possível ação de nanopartículas na fisiologia reprodutiva de machos e fêmeas. Para isto, publicações foram acessadas na base de dados Publisher Medline (PUBMED), em seguida selecionadas nos idiomas português e inglês, utilizando como descritores: nanopartículas, reprotoxicidade, gametogênese. Com a investigação, foi possível identificar que os efeitos das nanopartículas dependem da forma, tipo, tamanho e funcionalização de sua superfície, porém, podem aumentar o estresse oxidativo, a inflamação do tecido e os danos ao DNA. Por outro lado, algumas nanopartículas podem proporcionar uma melhora na formação de espermatozoides, o que promove proteção contra os efeitos de doenças que podem afetar direta ou indiretamente o processo de espermatogênese. Nas gônadas femininas, as nanopartículas favorecem a redução dos danos oxidativos e inflamatórios, além da preservação das reservas ovarianas e hormonais. No entanto, em geral, os embriões não são afetados. Nesse contexto, é possível concluir que em ambos os tipos de nanopartículas discutidos, a semelhança em relação a associação com algum componente orgânico é notável, o que implica que os efeitos positivos estão ligados a essa condição. Assim, novos estudos que possam discutir os impactos que as nanopartículas podem ter na reprodução, bem como formas de minimizar seus possíveis efeitos adversos são encorajados na literatura.