AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTIEPILÉPTICO DO EUGENOL NO MODELO DE EPILEPITOGÊNESE INDUZIDA POR PILOCARPINA EM CAMUNDONGOS

Resumo

A epilepsia é uma desordem cerebral que afeta várias pessoas e compromete a qualidade de vidas dos indivíduos. Vários pacientes desenvolvem certa resistência ao tratamento medicamentoso e por isso, várias pesquisas têm como alvo a utilização de drogas de origem vegetal, pois demonstram grande potencial contra as injúrias neuropatológicas. O estudo tem por objetivo avaliar o efeito do eugenol em modelo de epileptogênese induzido por pilocarpina (PILO) em camundongos. Para isso, os animais serão tratados com metilescopolamina (1mg/kg, i.p), serão induzidos ao status epilépticus (SE) pela administração de PILO em doses fracionadas de 100 mg/kg, i.p, não ultrapassando quatro administrações, após 60 minutos o SE será interrompido pela administração de diazepam (10mg/kg, i.p). O grupo controle terá protocolo semelhante, porém será administrada salina em substituição a pilocarpina. Após 3 horas os animais serão alimentados com uma solução de banana com soro ringer lactato e após 24h da indução do SE, os animais serão tratados com eugenol (12,5, 25 e 50 mg/kg, i.p.), ácido valpróico (100 e 400 mg/kg, i.p.), ácido valpróico + eugenol ou solução salina (i.p) por quatorze dias. Nos três últimos dias serão realizados os testes comportamentais, e ao final do décimo quarto dia após o último tratamento os animais serão eutanasiados por deslocamento de cervical e as áreas cerebrais: hipocampo, córtex pré-frontal e corpo estriado serão dissecadas para os ensaios neuroquímicos de peroxidação lipídica (TBARS), dosagem de glutationa reduzida (GSH) e dosagem de nitrito/nitrato. Os resultados preliminares mostraram grandes diferenças nos aspectos comportamentais e bioquímicos como: redução da capacidade exploratória e aumento expressivo da peroxidação lipídica por parte dos animais epilépticos, comprovando assim a eficiência da indução do modelo em questão, bem como abrindo caminho para a continuidade do estudo.