CONHECIMENTO PRÉVIO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autores

  • Normanda de Almeida Cavalcante Leal
  • Geison Vasconcelos Lira

Resumo

Os Transtornos Alimentares (TA) são psicopatologias de etiologia multifatorial, que envolvem fatores genéticos, psicológicos e/ou socioculturais e são caracterizados pelo consumo alimentar irregular, compulsão comida, dietas restritivas e comportamentos compensatórios. E tendo como público mais acometido adolescentes do gênero feminino. Diante desta complexidade, é necessário que os cuidados sejam desenvolvidos por uma equipe multiprofissional, de forma intersetorial e buscando a longitudinalidade do cuidado na rede de atenção à saúde. Assim, buscou-se compreender como se constrói o conceito dos TA para os profissionais da educação. Trata-se de uma pesquisa exploratória com professores do ensino fundamental de uma escola municipal situada na cidade de Sobral-CE. Realizou-se uma oficina com o tema “O que sei, o que já ouvir falar e como posso identificar os sinais”, para que estes profissionais construíssem um conceito a partir do conhecimento prévio acerca dos TA. Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Cada educador pode discorrer sobre seus conhecimentos e surgiram algumas falas como: “raramente ouço falar sobre transtornos alimentares, acho que é diante da nossa realidade. Sei que tem relação com excesso de comida e vômitos. São pessoas com o psicológico afetado”. “O transtorno que eu sei, é aquela pessoa que tem compulsividade por comida, ou aquela pessoa que fica vomitando. “Entendo que transtornos alimentares é comer até adoecer, acontece de vomitar, as pessoas não comem nada”. É perceptível a aproximação e um conhecimento popular com relação ao sinais da psicopatologia, porém, as falas não mencionam sobre o conhecimento aprofundado dos tipos de TA. Neste sentido, é importante ressaltar que no cotidiano da educação, os professores se deparam com uma série de dificuldades e muitas atribuições na formação dos jovens, isto reforça a necessidade da transversalidades dos conteúdos e ações intersetoriais entre educação e saúde.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa de Pós-Graduação