PREVALÊNCIA DE MICRORGANISMOS ISOLADOS DE PACIENTES INTERNADOS COM COVID-19 EM UM HOSPITAL DE ENSINO DA REGIÃO NORTE DO CEARÁ

Autores

  • Maria Walcleanes Magalhães de Oliveira
  • Carlos Victor Fontenele Pinheiro, Ludimila Gomes Pinheiro
  • Francisco Cesar Barroso Barbosa

Resumo

A doença coronavírus 2019 (COVID-19), causada por um novo coronavírus (SARS-CoV-2) pode resultar em doença leve, mas também numa condição de cuidado crítico, que requer tratamento especializado em unidades de terapia. Pacientes com COVID-19 podem estar em risco de infecções bacterianas concomitantes, principalmente se hospitalizados, essas coinfecções bacterianas podem agravar e elevar a morbimortalidade. As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são as principais causas de morte e prolongamento de internação, e são mais prevalentes em hospitais de ensino e de alta complexidade. Dentre os agentes patogênicos com grau de Prioridade Crítica, segundo a OMS, destacam-se Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa resistentes aos carbapenêmicos e as Enterobacteriaceae resistentes aos carbapenêmicos e produtoras de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL), como Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli. Desta forma, o objetivo desse estudo foi traçar o perfil de prevalência de microrganismos isolados de pacientes internados com Covid-19 em um Hospital de Ensino da Região Norte do Ceará. Dados microbiológicos de pacientes com coinfecções bacterianas foram coletados pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar de maio a junho de 2021. Um total de 42 amostras foram selecionadas, sendo 38 no setor de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 04 em enfermarias. 38,19% dos achados foi de A. baumannii, 28,57% de Enterobacteriaceae (sendo dessas 21,43% K. pneumoniae, 4,76% de E. coli e 2,38% Proteus mirabilis), 14,28% de P. aeruginosa e 19,04% de Stenotrophomonas maltophilia. Os resultados demonstraram maior frequência de A. baumannii nos pacientes internados com COVID-19 predominantemente nas UTI’s. Portanto, esses dados destacam a necessidade de intensificação de medidas de controle e prevenção, a fim de reduzir IRAS causadas por patógenos presentes no ambiente hospitalar, melhorando o prognóstico desses pacientes.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa de Pós-Graduação