VIOLÊNCIA OCUPACIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA E AS INTERFACES COM AS CONDIÇÕES E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Autores

  • Anny Caroline dos Santos Olímpio
  • Bianca Waylla Ribeiro Dionisio, João Breno Cavalcante Costa
  • Roberta Cavalcante Muniz Lira

Resumo

Introdução: A violência é compreendida como um problema social e de saúde pública mundial de difícil enfrentamento, em razão de sua etiologia multicausal. Por ser inerente ao convívio social, a violência interpessoal também existe nas relações trabalhistas, campo fértil para a prática de todas as formas de violência. A OMS define a violência ocupacional como o resultado da soma de diversos fatores, dentre os quais se destacam as condições, organização dos processos de trabalho e a interação trabalhador/agressor. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa sobre violência ocupacional na Atenção Básica à Saúde e suas interfaces com as condições e a organização do trabalho. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa. Realizou-se uma busca por artigos publicados entre 2008 e 2018, cruzados os descritores “Violência no Trabalho”, “Saúde do Trabalhador” e “Atenção Básica à Saúde”, juntamente com o operador booleano and. Resultados: Totalizou-se 13 artigos, destacaram-se os anos de 2015 e 2016 como maior número de publicação, com seis (46,1%) publicações. Os achados sobre a origem das publicações foram equilibrados, seis (46,1%) são internacionais e sete (53,8%) são nacionais. O tipo de violência ocupacional mais prevalente foi a física, seguida da violência psicológica, os pacientes foram os principais perpertradores para com os profissionais de saúde. Investimentos nas condições e organização do trabalho, reduzem as chances de violência no local de trabalho. Conclusão: A violência ocupacional é multicausal com repercussões negativas no contexto laboral dos trabalhadores violentados. Uma vez que a razão de sua etiologia é multicausal com elevadas repercussões não só no contexto laboral dos trabalhadores violentados, mas também no contexto pessoal, especificamente envolvendo a autoestima, vida familiar e relações pessoais, é um fenômeno que merece toda a atenção dos gestores públicos e profissionais de saúde.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa de Pós-Graduação