ALTERAÇÕES NA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO POTY NO MUNICÍPIO DE CRATEÚS, EM VIRTUDE DA ESTAÇÃO SECA E CHUVOSA.

Autores

  • Jordana Maria Silva Martins
  • ANTONIA JAMILLE DE OLIVEIRAGENE MARQUES MAGALHãES LUíSA GARDêNIA ALVES TOMé FARIAS
  • Janaina Lopes Leitinho

Resumo

O rio Poty é um rio brasileiro que em sua grande extensão banha os estados do Ceará e Piauí, cuja qualidade da água tem sido bastante afetada no decorrer do tempo devido às interferências antrópicas e naturais. As mudanças climáticas causam modificações no regime de chuvas as quais podem levar a condições extremas de inundação ou longos períodos de seca. A urbanização e o uso do solo também têm modificado não só a qualidade mas também a quantidade dos recursos hídricos, por esse motivo as análises são de suma importância para a detecção de contaminantes químicos e microbiológicos que ocasionam a degradação desse ecossistema aquático. O presente estudo tem o objetivo de verificar e analisar as águas do rio Poty na região do município de Crateús, nos períodos de estiagem e chuvoso do ano de 2020 com relação aos seguintes parâmetros: Cloretos totais, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), dureza total, alcalinidade, pH e temperatura. Foram analisados o pontos correspondes ao perímetro urbano de Crateús e dois pontos referente a zona rural jusante a cidade. Os valores encontrados de cloretos totais no período chuvoso para os pontos 3,5,7 e 8 mostraram valores em torno de 413,84 mg/L, e portanto maiores que o patamar de 250 mg/L previsto pela Resolução de Nº 357/2005. No período seco a média de cloretos totais encontrados para o pontos 3,7 e 8 foi de 270,39 mg/L, também fora dos limites descritos pela resolução. As análises de demanda bioquímica de oxigênio (DBO) para o período seco para os pontos 1,2,3,5,6,7 e 8 foram respectivamente 20,48; 13,82; 60,16; 18,94; 19,45; 14,0 e 20,5 mg/L; o ponto 4 não foi possível detectar. No período chuvoso os pontos 5,6 e 8 respectivamente obtiveram valores de 9,42; 54,4 e 2,84 mg/L; o ponto 2 apresentou-se sem água e os pontos 1,3,4 e 7 apresentaram valores de DBO igual a ZERO indicando ser necessário uma diluição maior do 50%. Observa-se que com a redução do volume da água do rio houve a produção de algas indicando processo de eutrofização o que justifica valores acima de 5mg/L de oxigênio dissolvido. Com relação a dureza total, todos os pontos no período seco e no chuvoso apresentam valores dentro da faixa permitida pela Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde de até 500 mg/L de carbonato de cálcio. Apesar de Crateús ter registrado chuvas em torno de 72 a 200 mm em 2020 as mesmas não foram suficientes para equilibrar as taxas poluidoras na zona urbana e nos meses de agosto a dezembro, onde há ausência de precipitação e altos índices de radiação solar, os padrões analisados pioraram.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

Encontro de Extensão