TRATAMENTO TARDIO DE RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (R-LCA) REALIZADO PELA LIGA DE FISIOTERAPIA ESPORTIVA (LIFE-UFC): UM RELATO DE CASO OCASIONADO PELA PANDEMIA

Autores

  • Ines Maria Bessa Facundo
  • Gabriel Peixoto Leão Almeida
  • Pedro Olavo de Paula Lima
  • Rodrigo Ribeiro de Oliveira
  • Marcio Almeida Bezerra

Resumo

INTRODUÇÃO: O retorno ao esporte após a cirurgia de reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior (RLCA) é influenciado por variáveis ​​funcionais e psicológicas, assim como um bom acompanhamento fisioterapêutico. OBJETIVOS: Relatar atendimentos fisioterapêuticos realizados por extensionista da LIFE-UFC, de um paciente após um ano e meio de cirurgia de RLCA. METODOLOGIA: Atleta de skate, 22 anos, sexo masculino, submetido à RLCA por enxerto dos flexores após torção medial do joelho esquerdo na aterrissagem da manobra. O paciente apresentava fraqueza muscular em membro inferior esquerdo e restrição na participação do skate. O pós-operatório foi restrito, em decorrência do COVID, resultando em uma ineficiente assistência profissional nos meses pós-cirurgia. Na avaliação, obteve média de 12,57 segundos no Teste T, déficit no Single Hop Test (SHT) e no Crossover Hop Test (CHT). No Dinamômetro Isocinético 60º/s foi observado déficit de 28% para extensão. Assim, o tratamento teve como objetivo fortalecer a musculatura de membros inferiores (MMII) e fomentar a confiança do paciente para realizar as manobras. O protocolo de intervenção consistia de exercícios de fortalecimento de MMII e simulações de gestos esportivos. RESULTADOS: Após 16 atendimentos, foi realizada reavaliação. No Teste T houve uma melhora de 5% na média, houve simetria no SHT e 104% no CHT. O déficit de força em MMII para extensão caiu para 6%. CONCLUSÃO: Ainda que apresentando um tratamento tardio, o paciente exibe um progresso favorável e o acompanhamento fisioterapêutico se mostra relevante à recuperação e preparação funcional após RLCA. Ademais, o retorno ao esporte está sendo gradativo, sendo evidente o ganho de confiança na realização de manobras novamente, assim como os marcos utilizados para evolução estão sendo alcançados com o tratamento fisioterapêutico especializado.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

XXXI Encontro de Extensão