EFEITO DOS TRITERPENOS ÁCIDO OLEANÓLICO E ÁCIDO URSÓLICO SOBRE A DEGENERAÇÃO GORDUROSA EM CÉLULAS RAW 264.7

Autores/as

  • Raissa Duarte Braga
  • Lana Andrade Lucena Lima
  • Thais da Silva Moreira
  • Rose Anny Costa Silva
  • Flavia Almeida Santos

Resumen

O ácido oleanólico (AO) e o ácido ursólico (AU) são triterpenos de ocorrência natural encontrados em muitas espécies de plantas e com importantes ações farmacológicas, como analgésica, anti-inflamatória, antioxidante e antiobesidade. Contudo, o papel do AO e do AU sobre a formação de células espumosas, a marca registrada da aterogênese precoce, não está elucidado. Deste modo, o objetivo do presente trabalho foi investigar a capacidade do AO e do AU de inibir o processo de diferenciação dos macrófagos RAW 264.7 em células espumosas, tornando-se potenciais aliados para o tratamento da aterosclerose. Em cultura de macrófagos RAW 264.7 foram avaliados a viabilidade celular (MTT) e o acúmulo lipídico (coloração de Oil Red O). Para comparação múltipla dos dados paramétricos, foi utilizada a ANOVA, seguida do teste de Student Newman-Keuls, com nível de significância de 5%. Os experimentos com RAW 264.7 foram realizados no Laboratório de Segurança NB2 do Centro Especializado em Micologia Médica, sob supervisão da Profa. Dra. Sâmia Brilhante. Na avaliação da citoxicidade de AO e AU (3,125‒50 uM), o teste do MTT revelou que houve redução significativa (p<0,05) na viabilidade das células em 25% com AO, apenas na concentração de 50 uM e, em relação ao AU, redução de 70%, apenas na concentração de 25uM, em 24h. As células RAW 264.7 foram diferenciadas com LDL oxidada (100 ug/mL), para posterior tratamento com AO e AU (3,125; 6,25 e 12,5 uM), por 24 h. O tratamento com os dois triterpenos demonstrou diminuição significativa (p<0,05) da captação de oxLDL pelas células RAW 264.7, observada pelo acúmulo de Oil Red O, em todas as concentrações testadas. Diante disso, percebe-se que o tratamento com os triterpenos propostos reduzem os parâmetros ateroscleróticos das células espumosas, dando subsídio para maiores estudos no desenvolvimento de terapêuticas complementares para o tratamento da aterosclerose.

Publicado

2019-01-01

Número

Sección

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica