MIELITE TRANSVERSA PÓS PRIMOINFECÇÃO POR HIV

Autores

  • Joyse Mirele Figueiredo Silva
  • KARINA MARTINS NOGUEIRA NAPOLES
  • Terezinha do Menino Jesus Silva Leitao

Resumo

Introdução:A mielite transversa (TM) é uma doença neurológica rara, caracterizada como uma complicação inflamatória que afeta a medula espinhal, em 30 a 60% dos casos ocorre devido um processo infeccioso sistêmico ou vacinação. Objetivo:Relatar um caso de mielite transversa em paciente com AIDS atendido em 2014 na cidade de Fortaleza. Metodologia:Trata-se de um relato de caso Discussão:F.A.B.V., homem 35 anos, esteticista, residente em Fortaleza-CE. Previamente hígido, homossexual, parceiro fixo há 16 anos, referiu tatuagem realizada em 5 sessões cerca de 1 mês antes do inicio dos sintomas.Em outubro 2014 paciente sentiu fortes dores lombares quando uma onda o acertou na coluna espinhal e o empurrou contra o mar.Em novembro 2014 o paciente apresentou com cefaléia, vertigem, febre de (39°c ) persistente e retenção urinária. Foi atendido em posto de saúde, onde suspeitou- se de ITU, feito tratamento sem melhora ,porém hemograma e testes bioquímicos, urinocultura e USG vieram dentro da normalidade. Dois dias depois apresentou perda de sensibilidade em MMII (membros inferiores). Em dezembro 2014 foi admitido em hospital em Fortaleza, realizou tratamento com aciclovir 20 dias, fisioterapia. Em janeiro 2015 recebeu alta apresentando paraplegia de MMII.Em abril 2015,hospital de reabilitação obteve positividade ao exame anti- HIV, iniciou de imediato a TARV (terapia anti- retroviral). Relacionando os sinais e sintomas com a identificação do vírus HIV, foi realizado o diagnostico de Mielite transversal. O tratamento para Mielite transversal foi com metilprednisolona 1g/dia EV em pulso de 3 a 5 dias, reduzindo gradualmente a prednisona de 15 a 21 dias. Conclusão:O prognóstico geral de tais complicações é ruim se o diagnóstico for tardio. A mielite tem cura caso ocorra um tratamento rápido com glicocorticóides e controle da replicação do HIV.No caso apresentado houve atraso diagnóstico do HIV, e não houve reversão

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XI Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação