OS ESPAÇOS AUTO-ORGANIZADOS E A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA EXTENSÃO
DOI:
https://doi.org/10.32356/exta.v2.n16.33566Palavras-chave:
Plenária de Mulheres. Espaços auto-organizados. Violência Simbólica. Empoderamento.Resumo
A luta das mulheres pela ocupação dos espaços públicos no Brasil é um compromisso diário que incorpora o combate a uma cultura que viola e inferioriza as mulheres. Na violência contra a mulher há a violência visível, mais perceptível; e a violência simbólica, que consiste na reprodução de discursos e práticas opressoras que legitimam agressões mais graves. A violência simbólica é cotidiana, estando presente em todos os espaços ocupados por mulheres. Seja nas ruas ou na Universidade, nenhuma mulher está livre dos estereótipos e das definições sociais. Assim, o Centro de Assessoria Jurídica Universitária (CAJU), programa ao qual está vinculado o Diálogos para Diversidade, criou a Plenária de Mulheres, um espaço auto-organizado voltado ao combate ao machismo e à violência simbólica no núcleo, partindo da compreensão que o grupo, ainda que se aproxime das pautas feministas, não está isento da lógica patriarcal. Dentre as atividades preparadas estão a cartilha sobre assédio, o Cine Plenária, a campanha virtual pelas mulheres na política, a caixinha contra assédio na universidade e os grupos de estudo internos. O presente trabalho objetiva, então, apresentar as ações de extensão desenvolvidas pela Plenária de Mulheres. Utiliza-se a pesquisa bibliográfica e a observação participante, relatando as atividades organizadas e a contribuição do espaço para criar um ambiente menos opressor. Conclui-se, então, que os espaços auto-organizados contribuem para o combate às violações dentro dos projetos, além de fomentar ações que se estendam para fora do núcleo, debatendo temas presentes no cotidiano feminino e fortalecendo a luta das mulheres.
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