MICROCEFALIA E VÍRUS ZIKA: DO PADRÃO EPIDEMIOLÓGICO À INTERVENÇÃO PRECOCE
Resumo
Entre março de 2015 e abril de 2016, mais de 5000 casos de microcefalia foram registrados entre neonatos no Brasil, resultando num aumento de mais de 20 vezes se comparado aos casos apresentados no ano anterior. A infecção congênita e intrauterina pelo Zika Vírus está relacionada à microcefalia e perda fetal. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a microcefalia é caracterizada pela medida do crânio realizada, pelo menos, 24 horas após o nascimento e dentro da primeira semana de vida (até 6 dias e 23 horas), por meio de técnica e equipamentos padronizados, em que o Perímetro Cefálico (PC) apresente medida menor que menos dois (-2) desvios-padrões abaixo da média específica para o sexo e idade gestacional. A patogenia da microcefalia é multifatorial, incluindo desde causas genéticas a questões do ambiente, podendo com isso acarretar impacto ao desenvolvimento do embrião, potencializando o crescimento do cérebro. Esses fatores podem interferir apenas no desenvolvimento cerebral ou influenciar outras áreas do corpo, determinando casos sindrômicos de microcefalias. O conhecimento das anomalias cerebrais é de extrema importância para a detecção mais precoce possível dos transtornos do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) em lactentes com microcefalia. E, devem ser acompanhados e monitorados através de programas de intervenção e estimulação precoce com equipes multiprofissionais. A estimulação precoce de bebês nascidos com microcefalia promove a harmonia do desenvolvimento entre vários sistemas orgânicos funcionais (áreas: motora, sensorial, perceptiva, proprioceptiva, linguística, cognitiva, emocional e social) dependentes ou não da maturação do Sistema Nervoso Central.Downloads
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Publicado
2016-08-04
Edição
Seção
NOTAS