CARACTERIZAÇÃO DA SÍNDROME CRUZADA SUPERIOR (SCS): RELAÇÕES COM DOR E HÁBITOS POSTURAIS

Síndrome Cruzada Superior: Dor e Postura

Autores

  • Taís Justo UNESC
  • Marielen Nichele Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC
  • Willians Longen Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC

Resumo

Contextualização: O desenvolvimento de aparatos tecnológicos portáteis devido à necessidade de comunicação instantânea, associados com o perfil tipicamente sedentário da população atual leva ao desenvolvimento de adaptações posturais e musculoesqueléticas, entre elas a Síndrome Cruzada Superior (SCS). Objetivos: Identificar a frequência do padrão postural associado ao desequilíbrio de forças característicos da SCS e a existência de relação com hábitos posturais, sedentarismo e sintomatologia dolorosa em estudantes universitárias. Métodos: Foram aplicados questionários sobre hábitos posturais e presença de dor musculoesquelética, realizada análise da força muscular através dos testes de dinamometria escapular e lombar e o teste de 1 Repetição Máxima (RM) dos músculos peitorais, flexores do pescoço e trapézio superior, bem como avaliação postural subjetiva com observação de registros fotográficos nos planos frontal, lateral direito e lateral esquerdo em 50 estudantes universitárias do sexo feminino. Resultados: Das voluntárias avaliadas, 52% apresentaram padrão postural típico de SCS. Houve um alto índice de fraqueza lombar, escapular, dos músculos peitorais e flexores do pescoço. Encontrou-se alta frequência de sintomatologia dolorosa principalmente na região lombar, cervical e ombros. Notou-se que 40% praticam atividade física, 77,8% utilizam computador portátil semanalmente e 100% utilizam smartphone diariamente. Conclusões: Não era esperado neste estudo encontrar a SCS em todas as voluntárias, no entanto, os hábitos posturais evidenciados e a presença de dor são dois fatores que embora tenham se mostrado independentes, denunciam tendências não restritas à SCS mas que merecem atenção, a exemplo do elevado percentual de lombalgia e fraqueza encontrada neste segmento vertebral.

Biografia do Autor

Marielen Nichele, Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC

Formanda do Curso de Fisioterapia, Unidade Acadêmica da Saúde-UNASAU, Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC, Criciúma, SC.

Willians Longen, Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC

Fisioterapeuta. Doutor em Ciências da Saúde. Professor do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva-PPGSCol, Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma, SC.

 

Publicado

2021-12-17