Perfil de saúde de sujeitos com dor crônica musculoesquelética na pandemia do COVID-19: um recorte populacional

Resumo

O presente estudo abordou a repercussão da pandemia por COVID-19 na situação de saúde de usuários com dor crônica musculoesquelética (DCM) de uma Unidade de Atenção Primária à Saúde. Objetivou-se caracterizar o perfil de saúde dos pacientes com síndrome gripal e dores crônicas musculoesqueléticas que estão em sala de espera de uma UAPS; discutir um modelo de avaliação e georreferenciamento dos sujeitos da pesquisa. Pesquisa transversal, quantitativa, cuja amostra compreendeu 106 pacientes, com idade maior ou igual a 18 anos, em atendimento para Síndrome Gripal com queixa de DCM. Aplicou-se um questionário sociodemográfico. Os dados foram analisados utilizando as correlações estatísticas não paramétricas por meio do SPSS versão 17. Os resultados mostraram que a maioria eram mulheres (89,6 %), com faixa etária de 40 a 59 anos (51,9%). A condição de moradia foi própria em 59,4% dos sujeitos e ser solteiro (a) (53,8%) foi o estado civíl predominante. Dos entrevistados, 83,0% tiveram filhos e aqueles que possuiam uma renda familiar de 1.212,00 a 4.848,00 reais, representaram 55,7% dos sujeitos. A maioria (66,0%) teve outras doenças não relacionadas a DCM. O tempo de diagnóstico de dor crônica foi maior que um ano em 84,0%, com dor grave na última semana (56,60%). Predominou pessoas que não tiveram COVID-19, ou arboviroses em 66,0% dos entrevistados. Para os individuos com DCM pesquisados a COVID-19 repercutiu negativamente na saúde, eles apresentaram intensidade de dor grave nos membros inferiores, com diagnostico superior a um ano e estes eram residentes no bairro de maior densidade populacional.