HIDROQUÍMICA DOS SISTEMAS AQUÍFEROS MANTO DE INTEMPERISMO E MEIO FRATURADO NA REGIÃO DE ATIBAIA, ESTADO DE SÃO PAULO

Autores

  • Itabaraci Nazareno Cavalcante
  • Maria Marlucia F. Santiago Marlucia F. Santiago Santiago
  • Aldo Cunha Rebouças Rebouças

Resumo

Este trabalho tem por objetivo mostrar a caracterização físico-química das águas subterrâneas na região de Atibaia, sudeste do Estado de São Paulo, observando a inter-relação entre as águas que percolam o manto de intemperismo e o meio fraturado. Os dados apresentados são oriundos da
Dissertação de Mestrado de CAVALCANTE (1990) desenvolvida no âmbito do Projeto Ilidrogeologia de Rochas Fraturadas Pré-Cambrianas no Estado de São Paulo realizado no Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas CEPAS/USP com financiamento do FINEP/PADCT. Foram cadastrados 236 poços (79 poços tubulares e 157 cacimbas) e realizadas em campo, 195 medidas de pH e condutividade elétrica, além de serem efetuadas diversas análises físico-químicas completas. A condutividade e o pH crescem com a profundidade demonstrando uma relação direta com
o aumento da concentração iônica. As águas das cacimbas, reflexo do manto de intemperismo, são bicarbonatadas cálcicas e as dos poços tubulares são mistas, passando para sódicas e cálcicas A hidrólise dos feldspatos se constitui no principal processo químico para o enriquecimento iônico das águas subterrâneas, sendo que a caolinita e a montmorilonita-Ca representam os argilominerais que mais contribuem na liberação de íons para o meio aquoso. Existe uma interligação entre os dois meios aqüíferos, com o manto de intemperismo desenvolvendo a função de zona de recarga para o meio fraturado.

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