Estudo Magnético e Gravimétrico do Arcabouço Estrutural da Bacia Rio do Peixe – PB

Autores

  • Francisco Cézar Costa Nogueira
  • Maurício Santos de Oliveira
  • David Lopes de Castro

Palavras-chave:

Assinatura Magnética, Modelagem Gravimetria, Bacia Rifte

Resumo

A Bacia Rio do Peixe, NE do Brasil, possui arcabouço estrutural fortemente controlado por reativações Eo-cretácicas de zonas de cisalhamento Brasilianas, na qual a subdivide nas sub-bacias Brejo das Freiras, Sousa e Pombal. O estudo da evolução tectônica desta bacia passa pelo conhecimento da trama estrutural
pré-cambriana e sua inter-relação com a arquitetura interna da bacia. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo promover o reconhecimento das assinaturas magnética e gravimétrica da região da Bacia Rio do Peixe, através da identificação de trends estruturais e modelagem gravimétrica 3-D da
geometria da bacia. Os lineamentos magnéticos individualizados através dos mapas de anomalias magnéticas reduzidas ao pólo e do sinal analítico 3-D proporcionaram a compartimentação do relevo magnético em três principais domínios estruturais, associadas às faixas Orós-Jaguaribe e Seridó e ao
Domínio Granjeiro. O contorno da bacia é bem evidenciado no mapa do sinal analítico 3-D, especialmente no caso da sub-bacia de Brejo das Freiras. Aos dados gravimétricos, foi aplicado um método de ajuste polinomial robusto para promover a separação das componentes regional e residual do campo gravitacional. No mapa de anomalias gravimétricas regionais, observou-se um aumento gradativo do valor da gravidade segundo a direção NE-SW, associado ao afinamento crustal típico de uma margem continental do tipo passiva. Já no mapa de anomalias residuais foram observadas anomalias com formas elipsoidais e eixos principais orientados segundo as direções NE-SW (faixas Orós-Jaguaribe e Seridó) e E-W (Domínio Granjeiro), além de expressivos mínimos gravimétricos associados às rochas sedimentares da Bacia Rio do Peixe. A inversão dos dados gravimétricos residuais proporcionou uma modelagem gravimétrica 3-D do arcabouço estrutural da bacia. Tal modelo geofísico revela um arranjo estrutural dominado por extensas zonas de cisalhamento E-W e NE-SW, cuja reativação durante o processo de rifteamento mesozóico condicionou a arquitetura interna da bacia. Tal conjugação de esforços seria responsável pela a compartimentação da bacia em três blocos distintos.

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Publicado

2021-11-11

Edição

Seção

Artigos