Análise de Deformação de Rochas Infracrustais da Região de Cristina e Itajubá - MG

Autores

  • Iramaia Furtado Braga

Palavras-chave:

Rochas Infracrustais, An´´alise de deformação

Resumo

A região de Cristina e Itajubá - MG é caracterizada por rochas dos complexos Piracaia e Paraisópolis, justapostas a metassedimentos do Grupo Andrelândia e seu embasamento. Dados Sm/Nd indicam segmentos crustais distintos: a) Complexo Amparo e Grupo Andrelândia - retrabalhamento a partir de crosta continental
arqueana a paleoproterozóica; e b) complexos Paraisópolis e Piracaia, e granitos associados - derivação mais jovem e componente neoproterozóica dominante. Análises U/Pb em zircão dos complexos Piracaia e Paraisópolis forneceram idades de cristalização de 642 Ma e 645 Ma. Elementos maiores e traços caracterizam
o magmatismo como sin-colisional. Estruturas dúcteis indicam que Dn tangencial formou a foliação Sn e está relacionada à colisão dos blocos São Paulo e Brasília (Orogênese Brasília), cujo limite, a Zona de Sutura de Alterosa (ZSA), na área é marcada pela ZC Lourenço Velho (ZCLV) interpretada como um segmento deslocado da ZSA. Dn+1 transcorrente/transpressivo formou (Sn+1) milonítica ao longo de zonas transcorrentes dextrais, relacionadas ao Cinturão
Transpressivo Rio Paraíba do Sul. A rotação progressiva de Sn configura rampas laterais, representadas pela ZC de Maria da Fé/Cristina. Análise de deformação pelos métodos de Fry e Rf/phi revelou predomínio de elipsóides strain oblatos e de cisalhamento puro sobre o simples. Cisalhamento simples predomina em amostras da ZCLV, que constitui zona de transporte de massas relacionada à ZSA. Obliqüidade entre o eixo maior da elipse de deformação em relação à
foliação, nos planos XZ e YZ, indica deformação não coaxial. Por marcador, a análise indica que o quartzo acomodou com maior intensidade as tensões regionais em relação ao feldspato.

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Publicado

2021-11-11

Edição

Seção

Monografias, Dissertações e Teses