Ascite por helmintose e compactação gástrica em muar: relato de caso

Autores

  • Ana Carolina Maranhão Universidade Federal Rural do Semi-árido
  • Ulisses Raphael Médico Veterinário
  • Jéssica Medeiros 3 Médica Veterinária autônoma
  • Nielma Oliveira 4 Médica Veterinária autônoma
  • Luisa Teixeira Universidade Federal da Bahia
  • Muriel Pimentel Centro Universitário CESMAC

Palavras-chave:

Sonda de foley, Helminto, Hipoalbuminemia.

Resumo

A ascite em equídeos é rara, a ocorrência desta pode estar relacionada a distúrbios fisiológicos, como afecções hepáticas ou renais, enteropatias, dieta pobre em proteína e desequilíbrio hidroeletrolítico. O tratamento requer raciocínio clínico, exames laboratoriais e um protocolo terapêutico, uma vez que o acúmulo excessivo de líquido na cavidade abdominal, dificulta a execução dos movimentos respiratórios, podendo causar apatia, inapetência e óbito. A partir do presente estudo, objetivou-se relatar o atendimento de uma mula com 18 meses de idade, internada em uma Clínica Escola, apresentando sinais de abdômen agudo e aumento do perímetro abdominal. Após avaliação clínica do paciente e avaliação laboratorial do líquido peritoneal e fezes, concluiu-se que esta apresentava ascite, ocasionada por helmintose seguida de hipoproteinemia. O tratamento consistiu de terapia de suporte, antibiótico, anti-inflamatório, vermifugação e drenagem do líquido ascítico. Após 12 dias a mula recebeu alta. O quadro de ascite encontrado neste animal foi justificado pelos resultados dos exames, uma vez que os manejos nutricional e sanitário eram precários. O tratamento de suporte, reposição hidroeletrolítica e drenagem do líquido peritoneal excedente foram fundamentais. A ascite é possível de ser revertida, desde que a conduta clínica e protocolo terapêutico sejam específicos e de acordo com os resultados laboratoriais.

 

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Publicado

2022-03-31

Edição

Seção

Relato de Caso