Quantificação de víbrios, de coliformes totais e termotolerantes em ostra nativa Crassostrea rhizophorae, e na água do estuário do Rio Jaguaribe, Fortim CE

Autores

  • Regine Vieira Universidade Federal do Ceará
  • Régis Vasconcelos Universidade Federal do Ceará
  • Edirsana Carvalho Universidade Federal do Ceará

Palavras-chave:

vibrio, coliformes totais e termotolerantes, ostra, crassostrea, rhizophorae

Resumo

Este trabalho objetivou a quantificação de Vibrio e de coliformes totais (Ct) e fecais ou termotolerantes (CT) através do Número Mais Provável (NMP) em amostras de ostra (Crassostrea rhizophorae) e das águas onde elas foram capturadas. As amostras foram coletadas no estuário do Rio Jaguaribe e transportadas em caixas isotérmicas ao laboratório, onde foram realizados os testes microbiológicos. Para Ct o NMP variou de <1,8 a 3.500/100mL na água, e de <1,8 a 9.200/g nas ostras, enquanto que para CT, variou de <1,8 a 490/100mL e <1,8 a 430/g para água e ostra, respectivamente. A análise estatística revelou concentrações significativamente maiores de Vibrio e Coliformes nas ostras do que na água, confirmando o potencial bioacumulador destes organismos. As amostras de água mantiveram-se dentro dos limites para CT estabelecidos pela Resolução N°357/2005 do CONAMA. As ostras foram avaliadas segundo The European Union Shellfish Quality Assurance Programme-EUSQAP, tendo em vista a inexistência no Brasil de padrões regulamentadores de CT em ostras in natura, consumidas cruas. De acordo com este Programa, todas as amostras mantiveram-se dentro dos padrões aceitáveis. Não existe legislação no Brasil que regulamente Vibrio em águas ambientais. Pelo fato dos moluscos bivalves, especificamente as ostras, serem freqüentemente consumidos na sua forma in natura, seria de grande importância a implementação de uma legislação adequada que regulamentasse a concentração das bactérias avaliadas neste estudo.

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Publicado

2007-06-30

Edição

Seção

Artigos