Sobre Animais Abandonados e Pessoas que Lidam com eles: O Papel dos Clínicos Veterinários: Uma Revisão

Autores

  • Diana de Oliveira Universidade Estadual do Ceará
  • Maria da Silva Universidade Estadual do Ceará

Palavras-chave:

animais abandonados

Resumo

A superpopulação de cães e gatos errantes, mais do que quaisquer outras espécies animais, é um problema vivido por muitos centros urbanos em todo o mundo; na maioria dos casos, o triste destino desses animais é a eutanásia. Mudar esse quadro é um dos grandes desafios que se apresentam no século XXI e isso só será alcançado com medidas efetivas ensejadas por políticas públicas e iniciativas populares. Tais animais errantes atuam como propulsores de contaminações, poluição ambiental e, sobretudo, doenças iminentes à saúde pública, zoonoses. Independente da visão que se tenha sobre o tema, há, de fato e de consenso, uma grande preocupação em se encontrar uma alternativa urgente para a presente situação paradoxal de a) abandono sistemático e superpopulação de animais e b) conivência de proprietários não-assumidos, a qual resolvemos aqui denominar de “Tríade ABANDONO - PROPRIEDADE NÃO-ASSUMIDA – AGRESSÃO”. O papel do médico veterinário é apresentado e discutido aqui, enquanto estratégico e decisivo para que novas práticas, mais racionais e pró-ativas, passem a vigorar na questão (verdadeiro dilema) dos animais de estimação errantes. Medidas higiênico-sanitárias e de controle populacional, como programas sistemáticos de castração, de registro animal e outras, são discutidas. Se há uma fórmula perfeita para o nosso papel, não sabemos, mas certamente faz-se necessário um maior esforço para se pensar coletiva-, profissional- e solidariamente sobre o reconhecimento do sofrimento animal. O convite está feito, a demanda é genuína e exige uma mudança de paradigma, tanto da nossa parte (como veterinários) quanto dos proprietários (assumidos ou não). Os animais abandonados, inocentes vítimas de uma realidade imposta pela sociedade moderna, agradecem a nossa assistência! Mas não esqueçamos nunca da nossa profissão: assistência sim, assistencialismo não!

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Publicado

2008-06-30

Edição

Seção

Artigo de Revisão Temática